Imunização

Idosos começam a receber a segunda dose da vacina em São Luís

166 idosos de instituições de Longa Permanência estão sendo imunizados neste fim de semana

Bárbara Lauria / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Silvandira recebeu a segunda dose (idosa 103)

São Luís – Começou nesta sexta-feira e prossegue no fim de semana a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 para idosos em Instituições de Longa Permanência (ILP). De acordo com a Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas), 166 idosos receberão a segunda dose da vacina dentro das nove unidades. No total, são oito centros de acolhimento e uma central de atendimento temporário.

“Neste momento, a gente sente que este trabalho tem resultado muito positivo, porque é a possibilidade que o governo municipal tem de imunizar todos esses idosos e pessoas com deficiência, que estão nos abrigos. Percebemos que os idosos estão recebendo muito bem essa vacinação e, mesmo com a imunização, continuamos com as orientações dos protocolos. Todos eles precisam continuar lavando as mãos bem, a todo o momento, com água e sabão e álcool em gel, usando suas máscaras e também mantendo orientações de distanciamento”, enfatizou Rosângela Bertoldo, secretaria da Semcas.

A secretária ainda explicou que, mesmo aqueles que ainda tinham relutância para se imunizar, compreenderam, após conversas e apoio das equipes, sobre a necessidade da imunização, para que todos pudessem voltar para a rotina normal. Dos 166 idosos, apenas um se recusou a receber a imunização, ou seja, neste primeiro momento, apenas 165 serão imunizados. “Nós já conversamos com a equipe da unidade, e os profissionais farão um trabalho com esse idoso e, tão logo seja repassado a informação da sua aceitação, nós retornaremos a casa para vaciná-lo”, explicou a secretária.

A aplicação da segunda dose, tanto como a da primeira, naqueles que ainda não se imunizaram, vai acontecer ao longo de todo fim de semana, nas nove unidades de longa permanência da Semcas. “Essa segunda dose completa a imunização desses pacientes e faz com que eles tenham uma eficácia e façam dessa imunização uma janela epidemiológica precisa”, ressaltou Graziela Braide, primeira dama e médica voluntária.

Sem Carnaval, mas com vacina
Na Casa Happy, Instituição de Longa Permanência, seria comemorado no dia 12 de fevereiro a típica festa de Carnaval já esperada pelos idosos do local, contudo, devido a Covid-19, o motivo de alegria deste ano não foi a folia, mas a aplicação da segunda dose da vacina. E a primeira a receber a imunização foi a mais velha da trupe, Silvandira Craveiro, de 103 anos, que com a imunização começou a ter esperanças de voltar a andar sem máscara.

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Mas, ela não foi a única a se alegrar com a imunização. Ao som das marchinhas de Carnaval, Diná de Ramos, de 73 anos, dançava enquanto esperava sua vez de receber a dose. “Eu estou muito feliz, só alegria. Ninguém tem de ter medo de vacina, não. Vacina é saúde e eu mal posso esperar para poder fazer as coisas que eu gosto e poder passear. Eu estou esperançosa”, contou.

No total, 25 idosos foram vacinados na instituição, porém apenas 18, que moram no local, receberam a segunda dose. Os outros sete são do Centro Dia - que entram as 8h e vão para casa as 17h, e estavam sem frequentar o instituto devido os protocolos de segurança -, que receberam a primeira dose da vacina.

“Estão todos muito felizes, mas principalmente os do Centro Dia que estavam sem poder vir para cá, mas agora, com a imunização, vão poder voltar a participar das atividades da Instituição”, explicou Yalem Pires, coordenadora da Casa Happy, que também ressaltou a necessidade dos protocolos continuarem a ser seguidos.

“Agora já podemos organizar visitas dos familiares, mas sempre com muito cuidado e seguindo os protocolos, pois mesmo imunizados, ainda há uma nova cepa do vírus que surgiu. Nós tomamos muito cuidado, principalmente com nossos funcionários para que não passem nada para os idosos, desde o início da pandemia nós não tivemos nenhum caso de covid-19 e pretendemos continuar assim”, ressaltou a coordenadora. Agora, na Instituição, àqueles que passaram meses revendo seus parentes e amigos por meio das telas de celulares, vão aos poucos poder matar a saudade pessoalmente.

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