Reinaugurada há dois anos, Praça do Pantheon volta a ser alvo de vandalismo
Estrutura superior de um dos pedestais construídos para servir de suporte para bustos de intelectuais e outras personalidades maranhenses foi quebrada
Pessoas que circularam pela Praça do Pantheon, no Centro, neste sábado (9), se depararam com mais um ato de vandalismo cometido contra o logradouro público, reinaugurado há pouco mais de dois anos, em 23 de dezembro de 2018, após ampla reforma urbanística, custeada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em parceria com a Prefeitura de São Luís. Um dos pedestais construídos para servir de suporte para bustos de intelectuais e outras personalidades maranhenses, localizado a poucos metros da Biblioteca Pública Benedito Leite, teve sua estrutura superior quebrada com extrema violência.
Ainda não se sabe quem cometeu, nem como ocorreu a depredação, mas, a julgar pelo estrago causado, é possível que o autor tenha utilizado uma marreta para quebrar a estrutura, feita em concreto. Como resultado da maldade, fragmentos da peça ficaram espalhados no chão, enquanto as ferragens internas ficaram à mostra.
O superintendente regional do IPHAN, Maurício Itapary, confirmou que o dano ao patrimônio coletivo registrado na Praça do Panheon foi consequência de um ato de vandalismo, que já atingiu outros componentes do logradouro, a exemplo de bancos, pisos e esferas de concreto que servem de ornamentação e de bloqueio à invasão do espaço por veículos motorizados. Ele informou que o pedestal depredado e os outros que ficam ao lado ainda estão em fase de conclusão, pois falta aplicar em todos o revestimento de granito.
Maurício acrescentou que as estruturas servirão de bases para os futuros bustos que estão sob a guarda da Academia Maranhense de Letras (AML) e serão exibidos na praça tão logos as estruturas fiquem prontas. Quanto aos bustos já fixados no logradouro, o superintendente do IPHAN ressaltou que todos permanecem intactos.
Revolta
Revoltada com o grave dano ao patrimônio público da cidade onde nasceu e onde sempre morou, a pedagoga e professora Maria Francisca Tereza Matos classificou como terrorismo a depredação. "Indignada com este ato terrorista contra a cultura e o patrimônio público. De se esperar que a falta de educação gere o indivíduo grotesco e pouco afeito a arte e ao enlevo da alma...o que é absolutamente discutível, uma vez que conheço artistas adoráveis que muito pouco frequentaram escola, então o gosto estético, é antes próprio, natural, depois estimulado", comentou a educadora em suas redes sociais.
"Exijo das autoridades que cacem, prendam e punam os causadores de tamanha dor e desfeita à nossa memória cultural e ao povo que já estava se acostumando com o belo, o bonito e o harmonioso, em vez do grotesco, fedido, sujo e desagradável aos olhos e aos outros sentidos. Farta disso!!", complementou Francisca, em tom de desabafo.
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