Governo desmobiliza atendimento a pacientes com Covid-19 no estado

São Luís - A média móvel de mortes pela Covid-19 no Maranhão apresenta cenário de estabilidade e não mais de queda, como algumas semanas atrás, o que pode ser um indicativo de preocupação, assim como em outros estados da federação. O problema também é que o Governo do Estado já fechou o hospital de campanha para tratamento da doença desde o dia 17 de setembro e, também, começou a desmobilizar, gradativamente, o atendimento exclusivo a pacientes com sintomas do novo coronavírus em unidades de saúde, a exemplo do Hospital Carlos Macieira.

O Hospital de Campanha de São Luís ficava localizado no bairro Cohafuma e foi desativado no dia 17 de setembro. A estrutura, inaugurada no dia 18 de maio para atender pacientes da Grande Ilha com a Covid-19, realizou mais de 1.650 atendimentos. À época, o governador Flávio Dino justificou a desativação devido à diminuição dos casos da doença na capital maranhense.

“Avaliamos que, hoje, ele não é mais necessário. O hospital tem uma taxa de ocupação muito baixa, e não se justifica, sob a ótica do princípio da economicidade, a sua manutenção”, explicou o governador Flávio Dino, à época.

Apesar da flexibilização dos protocolos, grande parte da população ainda não se sente segura. Pais de crianças que retornaram às aulas presenciais também não estão 100% seguros e temem uma segunda onda. O boletim da SES do domingo, 4, trouxe o registro de 170 novos casos da doença no Maranhão, sendo 95 na capital, 42 em Imperatriz e 33 nos outros municípios.

Conforme o boletim divulgado no último domingo (4), o estado registra 3.796 óbitos e 175.388 casos de coronavírus até agora. O boletim também mostra que 5.075 dos casos são ativos. Já o total de pessoas que perderam a vida para a doença no Brasil desde o começo da pandemia chegou a 146.375. De sábado (3) para domingo (4) foram 9.049 novos casos de coronavírus no país.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que mantém vigilância sobre o cenário epidemiológico da Covid-19 no Maranhão. No período de maior incidência de casos com necessidade de internação, durante o mês de maio, a rede estadual ultrapassou 60% da ocupação de leitos clínicos e 90% da ocupação de leitos de UTI exclusivos para assistência aos pacientes da Covid-19.

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Atualmente, a ocupação é de 14% e 25% dos leitos de clínicos e de UTI, respectivamente. Com a reabertura gradual das atividades comerciais e a manutenção do ritmo de transmissão do vírus abaixo de 1 há mais de 100 dias, de acordo com ferramenta Covid-19 Analytics da PUC-RIO, a SES dará início à segunda fase do Inquérito Sorológico, de 19 a 30 de outubro, com 5.100 participantes.

O objetivo é conhecer a nova fase da pandemia no Maranhão e permanecer com o retorno seguro das atividades no estado.Com base no primeiro inquérito e comportamento do vírus no estado, a Secretaria garantiu o planejamento e retorno seguro do Programa Mais Cirurgias, bem como ampliou as consultas ambulatoriais na rede estadual.

No mês de setembro, mais de 2,3 mil cirurgias foram realizadas nos hospitais da SES. A Secretaria também mantém a continuidade da testagem da população. Nesta segunda (5), teve início a testagem de idosos e gestantes em Imperatriz, segunda maior cidade do estado.

Durante a testagem em São Luís, de 14 a 30 de setembro, mais de 85% dos casos apresentaram diagnóstico negativo para a Covid-19. Além destas ações, a Força Estadual de Saúde mantém as atividades de testagem e acompanhamento nas comunidades de quilombo. Já a Superintendência de Vigilância Sanitária segue com as atividades de fiscalização e blitze das medidas sanitárias e protocolos, que totalizam mais de 4.100 ações.

NÚMEROS

170 novos casos da doença foram registradas no boletim de domingo, 4
95 novos casos da doença em São Luís, 42 em Imperatriz e 33 nos outros municípios

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