SÃO PAULO- As alterações hormonais que a mulher enfrenta na gestação podem ser o gatilho para o agravamento da otosclerose, também chamada de otospongiose.
De acordo com Sylvia Faria, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, a otosclerose é uma doença evolutiva do ouvido e tem origem genética, embora já tenha havido o registro de casos sem incidência familiar.
“Ocorre uma desordem benigna do desenvolvimento ósseo, ou seja, a substituição do osso normal por tecido fibroso. Isso leva a uma perda de audição progressiva em um ou ambos os ouvidos”, explica.
A otosclerose tem predominância no sexo feminino. Na otosclerose, uma falha na formação das estruturas ósseas afeta um dos ossículos da audição, o estribo. Com isso, a vibração sonora chega atenuada à cóclea e, consequentemente, também ao cérebro, ocasionando uma diminuição da audição (hipoacusia).
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Geralmente, um dos sintomas da otosclerose é a dificuldade para ouvir sons de baixa frequência. Tontura e zumbido também podem ser sentidos. Esses problemas podem ser agravados na gravidez, ou logo após o nascimento do bebê. Ela pode deixar de ouvir alguns sons do bebê e a desordem pode afetar a dinâmica dos primeiros meses da criança.
“Essa é uma fase de muitas mudanças para a mulher. Cansaço, medo ‘do novo’, alteração hormonal, tudo isso, em conjunto, associado à perda de audição decorrente da otosclerose, pode tornar as situações mais sensíveis. A otosclerose por si só prejudica essa nova fase da mulher”, diz a médica.
O diagnóstico precoce pode ser fundamental no tratamento da otosclerose. Conforme explica a otorrinolaringologista, não há cura para a otosclerose até o momento. O paciente tem três opções de tratamento, a depender da gravidade dos sintomas e de seu histórico e condições clínicas, pode usar aparelho auditivo, tratamento medicamentoso para interromper a fase aguda da doença ou procedimento cirúrgico, procedimento substitui por uma prótese, o osso do ouvido chamado estribo.
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