SÃO LUÍS- A artista plástica Clara Vidotti tem usado as redes sociais para expor seus trabalhos neste tempos de pandemia. Dona de um estilo próprio, passeia com desenvoltura pelas técnicas aquarela e nanquim em trabalhos com referências artísticas e do mundo pop em criações autorais e releituras. Além de pintar, a jovem também se expressa por meio do artesanato e da costura.
Em “reclusão criativa”, Clara Vidotti aprendeu desde cedo, espontaneamente, mexendo em tintas e em materiais do também artista plástico e incentivador, o seu pai, Fábio Vidotti, para logo depois, descobrir o que realmente queria fazer. “Algo que vem de dentro de mim, que queima, me deixa inquieta e eu sinto que preciso pôr para fora, é uma necessidade”, relata Clara Vidotti.
Em seus trabalhos, que são variados e diversificados, a artista apresenta cores translúcidas ou no monocromático do nanquim, figuras humanas com um misto de realismo e abstracionismo, retratando suas observações em meio a um turbilhão de sentimentos que vão da alegria à angústia.
Clara Vidotti enfatiza que prefere “trabalhar mais livremente com as cores e com a mistura do imaginário, do inconsciente, dos meus delírios”. Formada em Artes Visuais pela Universidade Estadual do Maranhão (UFMA), se declara uma artista inquieta que deseja “compartilhar sensações, emoções, conceitos e ideias”, diz.
Trajetória
A artista é reconhecida desde criança, tendo sido premiada em um concurso nacional, promovido pela Alcoa/Alumar, e teve o seu desenho estampado em cartões de natal, traduzidos em três línguas. Também ganhou um concurso organizado pela Boticário, em São Luís, como o melhor desenho. Além dos prêmios, Clara participou de várias coletâneas com os irmãos Fábio e Raphael Vidotti.
Entre tantos nomes que são suas referências, Clara revela paixão por Van Gogh, pois foi artista “que mais mexeu comigo e o que mais me fez pensar no que eu queria fazer, e como eu queria fazer, pois nunca gostei da busca pelo realismo, ou pela perfeição”.
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