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José Sarney lamenta morte de Napoleão Sabóia

Escritor e jornalista faleceu esta manhã, no Rio de janeiro, onde residia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Napoleão Sabóia faleceu esta manhã, em seu apartamento em Copacabana, no Rio (Napoleão Sabóia)

São Luís - Foi com grande comoção e tristeza que recebi a notícia da morte de Napoleão Sabóia, a quem me ligavam quarenta anos de amizade.

Trabalhamos juntos em O Imparcial. Quando Presidente da República o chamei para trabalhar em meu gabinete e com ele tive uma convivência fraternal durante o resto da vida. Era um grande talento e grande intelectual.

Foi repórter de O Estado de S. Paulo e seu correspondente em Paris durante mais de vinte anos. Tinha na França relacionamento com grandes intelectuais e escritores, como Maurice Druon, Claude Lévi-Strauss, Denis Tillinac, e com o mundo político, tendo acesso, como correspondente de um grande jornal brasileiro, a Mitterrand, Chirac, Rocard, Giscard.

Ficou devendo uma coletânea de suas excelentes entrevistas com figuras do mundo intelectual e político europeu. Era respeitado e gozava de prestígio no Brasil, onde o meio jornalístico o tinha entre seus grandes nomes.

Quero partilhar meu sentimento de dor com toda a sua família, seus filhos Bruno e Antônio e seus primos, principalmente os filhos de Pires Saboia, que foi como seu pai e a quem sou ligado por estreita amizade.

Falecimento
O escritor e jornalista Napoleão Sabóia, 82 anos, faleceu esta manhã em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde morava há algum tempo.

Napoleão Sabóia era maranhense-cearense, começou sua carreira em São Luís, no jornal “O Imparcial”, pertencente à cadeia dos Diários Associados. Foi em seguida, repórter político da Folha de São Paulo, antes de mudar-se para Paris, onde colaborou para a Rádio França Internacional, para a Veja e iniciou sua longa experiência de mais de 20 anos como correspondente do Jornal da Tarde e do Estadão.

Atendia às demandas das diversas editorias dos dois jornais, mas a ênfase maior de seu trabalho recaía sobre a parte cultural.

Napoleão guardava viva no espírito a fibra entusiasta de haver vivido entre o JT e o Estadão a mais bela página de sua trajetória profissional. Atualmente morava no Rio de Janeiro.

Mas, seu último livro “Senhor da Festa” – que traz episódios cheios de humor de uma vida entre o estado do Maranhão, a cidade de São Paulo e Paris -, teve grande lançamento no fim do ano passado, em São Paulo, onde nutria muitas amizades de uma vida ligada ao jornalismo paulista.

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