Pandemia: criminosos usam sites de vendas para aplicar golpes
Esse tipo de compra, venda e troca de produtos por meio da internet, segundo a polícia, não proporciona total segurança; é necessário cuidados redobrados quando for encontrar compradores ou vendedores
São Luís - Uma situação que acendeu o sinal de alerta durante esse período de pandemia da Covid-19 é a que criminosos estão utilizando site de ofertas para realizarem assaltos, e aproveitando do interesse por assuntos ligados ao surto para fazer disso uma isca para atrair vítimas. Entre os meses de março e abril deste ano, o total de ataques virtuais no país saltou de 14 mil para 105 mil, ou seja, um registro de crescimento de mais de 86%.
Somente no mês de julho, pelos menos, três moradores do bairro Ipase foram vítimas desse tipo de crime. Os bandidos anunciaram ofertas de celulares em um site de venda livre, a um preço abaixo do mercado, e quando a vítima chegou ao local combinado acabou sendo assaltada.
A professora Ana Célia Gomes, de 34 anos, teve ainda um susto maior devido os bandidos terem ido até a sua residência e fizeram um verdadeiro ‘raspa’ no local. “Olhei o anúncio no site de venda e tive a inocência de marcar com os bandidos na minha casa. Acabei passando por um verdadeiro sufoco”, contou a vítima.
Outra vítima foi Manoel Ferreira, de 36 anos. Ele disse que olhou um anúncio de um celular no site de venda, chegou a fazer o depósito do valor da compra em uma conta bancária, mas, mesmo assim foi assaltado, quando foi buscar o aparelho em um local próximo a sua residência.
Mais ocorrências
Ainda neste ano, um policial militar contou que sua residência foi posta à venda por criminosos na internet. “Eu olhei o anúncio da venda da minha casa no site e ainda tinha a foto. Ainda entrei em contato, por meio do telefone, com o bandido, mas não consegui efetuar a prisão dele. Tive de registrar a ocorrência na delegacia responsável para investigar esse tipo de crime”, explicou o militar.
Uma golpista usou nome e transferência bancária falsa para enganar a vítima. A polícia informou que a vítima anunciou em um site de venda um cordão de ouro e a golpista fechou o negócio via WhatsApp, usando nome falso. A criminosa foi até o serviço da vítima, apresentou um comprovante de transferência bancária falso e levou o produto. Somente depois, a vítima percebeu que tinha caído em um golpe.
Os golpistas também estão utilizando a internet para pedir ajuda para vítimas da Covid-19. Uma das vítimas desse golpe foi Antônio Silva, de 45 anos. Ele disse que olhou uma campanha de arrecadação de alimento e dinheiro destinada a pacientes da Covid, em um determinado site, doou dinheiro e quando ligou para o número do telefone que aparecia na internet, deu como inexistente.
Para a polícia, esse tipo de compra, venda e troca de produtos utilizando a internet, geralmente não proporciona total segurança, principalmente no momento do pagamento e da entrega do produto. As pessoas devem ter atenção redobrada na hora de fazer a negociação, para não ter prejuízo econômico e também para manter sua integridade física.
SAIBA MAIS
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) apresentou dicas para evitar que as pessoas caiam no golpe do WhatsApp em que o golpista passa pelo amigo da vítima pedindo dinheiro.
Avise: informe imediatamente aos seus contatos o que está acontecendo, se possível dando a notícia nos grupos e também individualmente para garantir a leitura. Caso utilize redes sociais publique o fato para que a informação alcance uma um maior número possível de pessoas;
Denuncie: denuncie o perfil fraudulento no próprio aplicativo (Abra o Whatsapp —-clique no perfil do infrator——–clique em denunciar contato). Solicite aos seus contatos que façam o mesmo, pois com um grande número de denúncias o bloqueio se dará de forma automática pelo sistema;
Registre: faça o boletim de ocorrência criminal na delegacia mais próxima ou através do site: https://delegaciaonline.ssp.ma.gov.br;
Acesse: acesse o seu correio eletrônico pessoal e denuncie o perfil do criminoso;
Procure: vá até uma unidade da Polícia Civil para investigar o caso.
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