BRASÍLIA- Com o objetivo de criar ações de prevenção para impedir a exploração sexual de menores pela internet, a ministra Damares Alves esteve na 12ª Delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal (DF), em Taguatinga, na sexta-feira (24).
Ela foi acompanhar o caso de um homem acusado de ter feito ao menos 60 vítimas, com idade entre 11 e 14 anos, somente no DF. A polícia afirma que o homem, que tinha dois perfis falsos, fazia várias solicitações de fotos das vítimas nuas ou em situações sexuais para comercializá-las. Ele foi preso no interior do Maranhão na quinta (23). O acusado criou um perfil feminino e atraia adolescentes, após ganhar confiança, começava a chantageá-las.
"O criminoso fingia que era uma criança para atrair as vítimas. O universo online é perigoso e difícil de compreender. Adultos já podem cair em fraudes, mas, com crianças e adolescentes, a possibilidade é ainda maior. Por isso, é necessário que os pais e responsáveis estejam cada vez mais atentos e acompanhem seus filhos durante as atividades na internet", disse a ministra.
Durante a reunião, a titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) parabenizou a atuação da equipe de polícia. "Esse é um caso emblemático, um case de sucesso. O acusado já está preso. Com isso, milhares de crianças podem ter sido salvas. Quero elogiar também a atitude da primeira mãe que teve coragem de vir denunciar, assim como as demais", afirmou.
"A polícia é parceira. Crianças, adolescentes e familiares podem pedir socorro. No ministério, nós também temos o Disque 100 (Disque Direitos Humanos). Vamos denunciar para proteger nossas meninas e meninos e acabar com a impunidade neste país", acrescentou Damares durante o encontro.
Crimes
O delegado Josué Ribeiro da Silva. destacou o potencial lesivo que esse tipo de ação criminosas tem. De acordo com ele, há elementos suficientes para incluir estupro virtual entre os crimes praticados. "Nós trabalhamos também nesse caso com o indiciamento de estupro de vulnerável, que a pena vai até 15 anos", observou.
O objetivo da visita da ministra é entender a forma como atuava o acusado e criar ações de prevenção. O Ministério desenvolve programas de proteção à criança e deve lançar, nas próximas semanas, uma campanha que vai alertar famílias sobre os riscos da internet para crianças e adolescentes sem supervisão.
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