Crime

Um dos acusados pela morte do cabeleireiro Xexéu é preso no Amazonas

Crime ocorreu no mês de fevereiro deste ano, na residência da vítima, no bairro da Cohab; outro acusado continua foragido, e a polícia segue investigando

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Wenyson Fernandes Miranda, Xexéu, de 33 anos, foi brutalmente assassinado em sua casa, no bairro da Cohab (Xexeu )

SÃO LUÍS - Danilo Antônio Velaco de Assis, de 27 anos, que é suspeito de ter assassinado o homossexual e dançarino Wenyson Fernandes Miranda, o Xexéu, de 33 anos, deve ser transferido ainda neste mês para a capital maranhense. Segundo a polícia, ele foi preso no último dia 22, em Manaus, no estado do Amazonas, e ainda falta mais um envolvido nesse crime ser localizado. O corpo da vítima foi achado no dia 5 de fevereiro deste ano, em uma quitinete, no bairro da Cohab, em São Luís.

O delegado Felipe César, lotado na Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP), declarou que a polícia ficou sabendo que, após o ato criminoso, o acusado tinha fugido para a capital do Amazonas e a polícia desse estado acabou tendo ciência sobre o caso, inclusive a equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) deste estado.
Ainda segundo o delegado, os policiais começaram a realizar incursões em Manaus e cidades adjacentes. Na tarde de segunda-feira, 22, foi montado um cerco policial no bairro Santa Etelvina e os policiais conseguiram localizar o foragido do Maranhão em uma residência. O detido foi levado para a sede da DEHS, onde prestou depoimento ao delegado Paulo Martins.

O suspeito negou a autoria do crime para a polícia do Amazonas. De acordo com a polícia, o detido contou que estava com o seu parceiro, nome não revelado, na residência da vítima, no dia do crime e ingeriram bebida alcoólica, assim também como entorpecentes.

Em um determinado momento, segundo o acusado, ele foi embora, mas o seu parceiro permaneceu no local. Ele afirmou ainda que não soube da morte do dançarino e, após alguns dias, veio morar em Manaus. O acusado, que ainda ontem estava na capital do Amazonas, deve ser transferidos nos próximos dias para o Maranhão, onde vai ser ouvido pela equipe da SHPP.

Acusados

O delegado Felipe César declarou que esse crime foi realizado por dois homens, que não são maranhenses. Eles vieram para São Luís no segundo semestre do ano passado com o objetivo de fazer tratamento de dependência química em uma clínica onde conheceram a vítima.
Após alguns meses, os dois criminosos foram morar de favor na casa de Xexéu. Segundo a polícia, eles cometeram o assassinato para roubar dinheiro com o objetivo de comprar mais bebida alcoólica e droga. “A vítima era uma pessoa muito querida da comunidade onde morava”, disse Felipe César.

Achado

Xexéu estava desaparecido desde o dia 3 de fevereiro e foi encontrado morto em sua residência pelos seus familiares, no dia 5. O corpo do dançarino estava amarrado e havia sinais de violência, principalmente, na cabeça. A polícia informou que uma das perfurações tinha sido ocasionada por martelo ou um pedaço de madeira.

A casa estava bagunça. De acordo com a polícia, a vítima tinha travado uma luta corporal com o acusado como ainda levaram objetos de valor e uma quantia de R$ 800. Xexéu trabalhou como cabeleireiro em vários salões de beleza e dançava em boates noturnas da Grande Ilha.

Outra ocorrência

Na quinta-feira, 25, faz um ano da morte do homossexual Josivaldo Mendes Marques. A polícia informou que no dia do crime a vítima estava primeiramente com o suspeito, Josimar Pinheiro Pereira, no parque Folclórico, na Vila Palmeira. Em seguida, o acusado foi para a residência da vítima, localizada nesse bairro.

Ainda segundo a polícia, eles chegaram a manter relação sexual e, logo após, ocorreu uma discussão. No decorrer da briga, Josivaldo Mendes foi agredido fisicamente e ficou desacordado. O criminoso também desferiu golpes de martelo na cabeça da vítima e levou vários objetos de valor. O corpo somente foi encontrado após alguns dias e estava em estado de putrefação.

O caso foi investigado pela equipe da SHPP e no dia 19 de setembro o acusado foi preso em cumprimento de ordem judicial na Grande Ilha. O detido prestou esclarecimentos sobre esse caso para a equipe da SHPP e, logo após, encaminhado para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

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