LONDRES - A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira que os testes com o medicamento hidroxicloroquina em seu grande estudo de tratamentos para pacientes com Covid-19 em vários países foi interrompido, depois que os resultados de outros estudos não mostraram benefício do medicamento contra malária para tratar a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.
“O braço da hidroxicloroquina do ensaio ´Solidariedade´ foi interrompido”, disse a especialista da OMS Ana Maria Henao-Restrepo em entrevista coletiva por videoconferência.
Na mesma entrevista, o chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan, disse que a epidemia de Covid-19 ainda é bastante severa no Brasil e que o momento é de extremo cuidado no país.
Ryan defendeu que as autoridades brasileiras reforcem as medidas de saúde pública para conter a pandemia.
Nova esperança
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que se prepara para atualizar suas orientações sobre o tratamento de pessoas com Covid-19 em reação aos resultados de um teste clínico que mostrou que um esteroide barato e comum pode ajudar a salvar pacientes gravemente doentes.
Resultados de testes anunciados na terça-feira mostraram que a dexametasona, usada desde os anos 1960 para diminuir inflamações de outras doenças, como artrite, reduziu em cerca de um terço as taxas de mortalidade entre pacientes de Covid-19 gravemente doentes e hospitalizados.
A orientação clínica da OMS para o tratamento de pacientes infectados com o novo coronavírus se dirige a médicos e outros profissionais de saúde e almeja usar os dados mais recentes para informar os clínicos gerais sobre a melhor maneira de combater todas as fases da doença, da verificação à alta hospitalar.
Embora os resultados do estudo sobre a dexametasona sejam preliminares, os pesquisadores por trás do projeto disseram que leva a crer que o remédio deveria se tornar um recurso padrão no cuidado de pacientes com casos graves.
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