Deputado vai à PF por respiradores não entregues ao Consórcio Nordeste
Wellington do Curso (PSDB) protocolou representação também em órgãos de fiscalização e controle para que seja apurado um suposto superfaturamento na aquisição de 30 respiradores pelo governo do Maranhão
O deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) protocolou nesta segunda-feira, 15, representação em vários órgãos de fiscalização e controle, dentre eles Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Federal, OAB, CGU e TCE, para que apurem a hipótese de superfaturamento na aquisição de 30 respiradores e malversação de recursos públicos por parte do governador Flávio Dino (PCdoB) no processo de aquisição dos equipamentos via Consórcio Nordeste.
Conforme mostrado por O Estado, o Governo do Maranhão pagou adiantado aproximadamente R$ 4,9 milhões pelos aparelhos, que que deveriam ser trazidos da China, mas nunca chegaram aos hospitais da rede estadual.
Mais recentemente, Wellington denunciou o pagamento de uma segunda parcela, no dia 4 de maio de 2020, no valor de R$ 4,3 milhões. O Governo do Estado foi questionado pela reportagem sobre este segundo pagamento, mas não obteve resposta.
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“Se até o presente momento os respiradores não foram entregues ao estado do Maranhão, tem-se a conclusão óbvia de que todas as ações praticadas por Flávio Dino implicaram em danos ao patrimônio público. Em meio à pandemia, a necessidade de um equipamento que pode ser decisivo para salvar vidas está servindo de justificativa para que o governo de Flávio Dino gaste milhões de reais numa compra com um preço completamente fora da realidade. São 30 respiradores que foram adquiridos por mais de R$ 9,3 milhões, com pagamento antecipado e que deveriam ter sido entregues no dia 23 de abril. Isso tem que ser apurado, razão pela qual solicitamos a investigação diante dos fortes indícios de malversação dos recursos públicos, oriundos de repasse do Governo Federal”, disse Wellington do Curso.
O consórcio do Nordeste já acionou a empresa contratada para disponibilizar os respiradores para que seja devolvido o dinheiro aplicado. A Polícia Civil da Bahia fez operação e a Justiça Federal determinou bloqueio de bens para ressarcimento da verba investida.
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