Pandemia

Dino cita "declínio" da Covid-19 em São Luís, mas não descarta novas medidas

Gestor disse que, devido à queda no percentual de ocupação de leitos clínicos na Região Metropolitana, há a comprovação de recuo no novo coronavírus

Thiago Bastos/ Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Flávio Dino usou dados sobre redução de atendimento em rede estadual de saúde para justificar reabertura do comércio (Flávio Dino)

SÃO LUÍS - Em entrevista coletiva nas redes sociais ontem, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que há um declínio em andamento do número de casos de coronavírus na Região Metropolitana. Segundo ele, a tendência é verificada pela redução nas taxas de ocupação de leitos clínicos na rede pública estadual (de acordo com dados do governo, está em 25,13%).

Apesar de apontar para uma tendência de decréscimo de casos, o gestor não descartou medidas apontadas como “rigorosas” pelo Governo, caso haja, segundo ele, novo descontrole da doença na Grande Ilha. Quanto ao interior, Flávio Dino voltou a ratificar posicionamento inicial de que as medidas de restrição sanitárias ou possíveis decretações de lockdown cabem às gestões locais.

Segundo Dino, quanto à Ilha, a execução das medidas de flexibilização das atividades comerciais, iniciadas no dia 25 do mês passado, será analisada semanalmente. “Dependendo do quadro sanitário, estas medidas poderão ser revistas. Nosso modelo não é pronto, ele pode ser revisto a qualquer tempo”, disse.

Dino anunciou ainda, durante a coletiva, a aquisição pelo Estado de 100 mil testes para diagnóstico da Covid-19. Segundo o gestor, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizou, desde o início da pandemia, mais de 80 mil testes. Outros 70 mil serão disponibilizados às prefeituras. “O Maranhão está executando sim este procedimento, de suma importância para o controle da doença”, disse.

Ele frisou ainda que a taxa de letalidade da doença no estado que, de acordo com dados oficiais do próprio governo, está em 5,5%, também chancela a reabertura gradual de atividades, em especial, na Ilha.

Ainda na coletiva, o gestor anunciou que o retorno das instituições de ensino, previsto inicialmente para o dia 15 deste mês, foi adiado para o dia 1º de julho. “Esta data é uma previsão, passível de nova mudança. A cada semana, vamos analisar os números e concluir se este cronograma poderá ser mantido”, afirmou.

Sobre academias e outros serviços, Flávio Dino disse que o cronograma está mantido. No caso das academias, por exemplo, o Governo quer liberar o funcionamento gradual a partir do dia 22 deste mês. “Em contrapartida, as atividades desportivas somente poderão ser pensadas a partir de julho”, afirmou o governador.

Críticas

Flávio Dino criticou, na coletiva, a recente mudança executada pelo Ministério da Saúde (MS) para contagem do número de óbitos e disponibilidade dos dados oficiais de casos da doença por estado.

O comunista anunciou que, enquanto a metodologia de contagem da MS não for exposta, a SES se baseará nos dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). “Há uma facção política, encabeçada pelo presidente da República [Jair Bolsonaro] que impede a eficácia das políticas de assistência à saúde no que diz respeito ao combate à pandemia no país”, afirmou Dino.

Governo aguarda auxílio emergencial da União

O Governo do Maranhão informou, durante a coletiva, que retirou as ações judiciais contra a União, pré-requisito para o recebimento da ajuda financeira do Governo Federal para o combate ao coronavírus do Estado, e que aguarda pelo recebimento dos valores. O governador Flávio Dino, mesmo questionado, não estipulou uma data para repasse das verbas.

Segundo o gestor, é preciso acelerar este processo. “A ajuda precisa chegar o quanto antes. Será de grande importância para a nossa política. Mantive contato na semana passada com o ministério da Saúde e com a secretaria do Tesouro Nacional. Estamos no aguardo”, disse.

Estima-se, com base em dados da Câmara dos Deputados e da União, que o Maranhão receberá – somente para a saúde – cerca de R$ 249 milhões. Este valor seria preliminar e não é confirmado pelo governo maranhense. O valor faz parte do pacto federativo emergencial, selado em reunião no dia 21 do mês passado.

A matéria, aprovada recentemente pelo Legislativo, foi publicada na semana passada no Diário Oficial da União.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.