Investigação

Disputa judicial teria motivado morte de mãe e filha no bairro do Calhau

As vítimas foram achadas mortas em casa, na Quintas do Calhau, dentro de um carro e enroladas em um lençol, na manhã desse domingo, 7

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
(MORTE MAE E FILHA )

SÃO LUÍS - A Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) está investigando um caso registrado na manhã desse domingo, 7, na Quintas do Calhau, na capital maranhense. Lá, Graça Maria Pereira de Oliveira, de 57 anos, e sua filha, Talita de Oliveira Frizero, 27, foram encontradas mortas dentro de um carro, na casa onde ambas moravam, na Rua Duque Bacelar, Quadra 33. O ex-marido da mãe é apontado como o autor do duplo homicídio, devido a uma disputa judicial.

Conforme informações repassadas pelos familiares das vítimas à Polícia Civil, as duas não deram mais notícias desde sexta-feira, 5, quando ambas conversaram pelo WhatsApp com os parentes. Estes, preocupados e aflitos, se deslocaram até a residência delas, para verificar o que poderia ter acontecido, já que o contato fora interrompido. Ao chegarem ao local, encontraram a porta da frente aberta e o imóvel todo revirado, como se alguém estivesse procurando algo.

Os familiares, então, acionaram a polícia, que enviou uma equipe à residência. Ao realizarem uma busca mais técnica, localizaram os corpos das vítimas dentro do carro. Os cadáveres estavam enrolados em um lençol. Graça Maria era sócia de uma empresa de locação de contêiner e andaimes. Já a filha, Talita de Oliveira, havia acabado de se formar em Engenharia Civil.

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Linha de investigação

De acordo com informações obtidas pelo Jornal O Estado com os familiares, a suspeita recai sobre o ex-companheiro de Graça Maria, que era sócio dela na empresa, mas ambos estavam em uma disputa judicial pela divisão de bens após terem se divorciado. Eles passaram 15 anos morando juntos, mas, há cinco anos, estavam separados. No entanto, a Justiça já havia emitido uma medida protetiva a ela, para que o ex-marido se mantivesse afastado da vítima.

Graça Maria também ganhou o direito de 50% dos bens e da empresa, mas, segundo familiares dela, a vítima não pôde assumir sua parte nos negócios porque o ex-marido não permitiu. Os parentes disseram à polícia que ele não se conformava em dividir nada com a empresária após o divórcio.

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