SÃO LUÍS - A morte do jornalista e blogueiro, Aldenísio Décio Leite de Sá, o Décio Sá, completa oito anos nesta quinta-feira, 23, mas, os mandantes do crime, segundo a polícia, identificados como José Alencar Miranda Carvalho, Gláucio Alencar Pontes de Carvalho (filho de José Alencar), ambos agiotas, e José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, ainda não foram julgados. Até o momento, apenas dois envolvidos foram julgados e condenados, Jhonathan de Sousa Silva e Marcos Bruno de Oliveira. O assassinato ocorreu na noite do dia 23 de abril de 2012, em um bar na Avenida Litorânea.
O processo tramita na 1º Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. Os acusados desse crime foram pronunciados para serem julgados a Júri Popular, mas recorreram a outras instâncias superiores, inclusive, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. A assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça (TJ) informou que o processo está suspenso ou sobrestado por decisão judicial.
José Miranda, Gláucio Alencar e Júnior Bolinha aguardam o julgamento em liberdade. O Poder Judiciário, até o momento, condenou apenas o assassino confesso do jornalista, Jhonathan Silva, a 27 anos e 5 meses; e Marcos Bruno, motociclista que deu fuga ao criminoso, a 18 anos de prisão.
Entenda o caso
O Ministério Público (MP) denunciou 12 pessoas pelo crime e, em agosto de 2013, o juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, Osmar Gomes dos Santos, pronunciou 11 para irem a júri popular: Jhonathan de Sousa Silva, Marcos Bruno Silva de Oliveira, Shirliano Graciano de Oliveira, José Raimundo Sales Chaves Júnior (Júnior Bolinha), Elker Farias Veloso, Fábio Aurélio do Lago e Silva (Bochecha), Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José de Alencar Miranda Carvalho.E ainda os policiais Fábio Aurélio Saraiva Silva (Fábio Capita), Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros.
Todos foram acusados pelos crimes de homicídio e formação de quadrilha. Os pronunciados recorreram, mas o juiz Osmar Gomes manteve a decisão, seguindo as contrarrazões do Ministério Público Estadual e remeteu o traslado dos recursos e do inquérito ao Tribunal de Justiça do Maranhão.
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No dia 5 de dezembro de 2015, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão, ao analisar os recursos, acabou despronunciando (declarou nula a pronúncia) de Fábio Aurélio, os policiais civis Alcides Nunes e Joel Durans; o capitão da Polícia Militar, Fábio Aurélio; e Shirliano Graciano. No caso de Elker Farias Veloso, o colegiado de magistrado decidiu pela anulação desde o oferecimento da denúncia, por ausência de individualização de sua conduta.
Em relação aos recursos de Gláucio Alencar, José de Alencar e Júnior Bolinha, o Tribunal de Justiça do Maranhão manteve o pronunciamento para serem submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri. Os acusados recorreram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O assassinato
No dia 23 de abril de 2012, Décio Sá foi assassinado com cinco tiros quando estava em um bar na Avenida Litorânea. Ele exerceu a função de repórter da editoria de Política do jornal O Estado por 17 anos e também publicava conteúdos independentes no "Blog do Décio".
De acordo com a polícia, uma das motivações do crime seria uma publicação no blog sobre o assassinato do empresário Fábio Brasil, em Teresina, no Piauí como ainda foi descoberto a existência de crime de agiotagem envolvendo 42 prefeituras do Maranhão e tendo como os principais líderes José Alencar e Gláucio Pontes.
Foragido
Marcos Bruno Silva de Oliveira é considerado como foragido do sistema penitenciário maranhense desde o dia 15 de outubro do ano passado. Ele estava no regime semiaberto e não retornou mais ao presídio após ser beneficiado com a saída temporária do Dia das Crianças, concedida pela Vara de Execuções Penais da capital.
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