A semana foi de incertezas e receio da contaminação pelo novo coronavírus, que deixou todo o mundo em alerta. No
Maranhão, as autoridades deram respostas rápidas com ações que têm o objetivo de prevenir a proliferação do vírus.
No estado ainda não há casos confirmados – pelo menos até o fechamento da coluna – mas Governo do Estado, Prefeitura de São Luís, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Câmara de São Luís e a iniciativa privada não aguardaram a confirmação do primeiro caso para agir.
O governo estadual suspendeu aulas nas redes públicas e privadas (em todos os níveis de ensino), fechou as fronteiras interestaduais e ainda anunciou que a rede pública estadual de Saúde está preparada para receber casos do novo coronavírus.
A Prefeitura de São Luís cancelou as aulas, suspendeu as visitas de agentes comunitários e endureceu contra realização de eventos que possam formar aglomeração de pessoas. A rede pública municipal de Saúde, segundo a gestão, foi organizada para receber casos
suspeitos da doença.
O Tribunal de Justiça organizou a casa para evitar a proliferação suspendendo as atividades.
Do Poder Legislativo veio a contribuição financeira com a destinação de emendas parlamentares. Os vereadores se reuniram e destinaram R$ 3,1 milhões para a Secretaria Municipal de Saúde (Semus). A verba deve ser toda usada em ações que ajudem no combate ao Covid-19 e também ao H1N1.
A Assembleia Legislativa destinou, por meio das emendas de seus deputados, R$ 2,1 milhões para a compra de respiradores.
Os empresários do setor privado já se organizam e estão suspendendo atividades para evitar a proliferação dos vírus.
Com todo o poder público e privado agindo, resta a população fazer a sua parte, ficando em casa e evitando aglomerações. No
tempo da comunicação virtual, que se prolifere a hastag: #todoscontraocoronavirus
Todos contra H1N1
Os poderes públicos não estão agindo somente na prevenção ao novo coronavírus. O surto de H1N1 em São Luís também está no centro das atenções.
A vacinação foi antecipada e já terá início na próxima segunda-feira, 23. Serão duas milhões de doses e o calendário prevê vacinação primeiro de crianças e idosos e, em seguida, profissionais de saúde e outros.
O que o governo estadual e a Prefeitura da capital precisam agora é garantir a maior desconcentração dos postos de vacinação, para evitar acúmulo de pessoas.
É lei
Vale lembrar que existe uma lei, a nº 5.970, garantindo que idosos recebam agentes de saúde para que a vacina seja aplicada em casa.
A lei é do vereador Chico Carvalho (PSL) e vai garantir que, na vacinação do H1N1, os idosos evitem aglomerações em postos de saúde.
“O momento é delicado e não podemos facilitar a contaminação de idosos nem com H1N1 nem pelo coronavírus. Que a lei seja cumprida em sua íntegra”, disse Carvalho.
Seletivo
Diante da possibilidade de aumento de demanda de pacientes na rede pública de saúde, o governo estadual abriu edital de seletivo para contratação de profissionais.
São oito áreas profissionais como psicólogo, maqueiro e enfermeiro que podem se inscrever até o domingo, 22.
Segunda-feira, 23, já sairá o resultado. Os que forem selecionados terão contratos até quando durar o estado de calamidade.
Proposta
A questão do profissional de saúde na rede estadual deve ainda causar problemas para o governo estadual.
Médicos, que estão na linha de frente em ambulatórios, consultas e laboratórios, já apontam para a insatisfação quanto ao pagamento de salários, que são compostos por metas.
Para evitar maiores problemas, o deputado Yglésio Moyses (Pros), está propondo que as metas não sejam levadas em conta e que os salários sejam pagos normalmente.
Sem pressa
O governador Flávio Dino (PCdoB) disse a O Estado que o debate sobre adiar as eleições é prematuro, apesar da crise sanitária que passa o país devido ao novo coronavírus.
Segundo o comunista, há possibilidades de o problema passar até junho, o que permitiria a realização das convenções partidárias.
Para Dino, somente se a crise se estender até setembro, é que o debate deve ser feito para organizar o pleito.
DE OLHO
R$ 5,2 MILHÕES é o total em emendas parlamentares de vereadores de São Luís e de deputados estaduais destinados a ações de
combate ao coronavírus
Bateram cabeça
Tanto a Secretaria de Direitos Humanos como a Procuradoria Geral do Estado foram surpreendidas pela anulação do decreto 002/2019, que concedia a área do Cajueiro para instalação de um porto.
Tanto a Secretaria quanto a PGE peticionaram sobre a questão após ser extinto o decreto. A pressão para a nulidade do documento veio do Ministério Público Estadual, sob pena de adotar as medidas judiciais cabíveis.
A anulação do decreto se deu por este ser inconstitucional, já que a assinatura foi do secretário estadual de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, e não do governador de quem é a competência para tal.
E MAIS
• A seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) enviou ofício ao Governo do Estado do Maranhão solicitando a suspensão, pelo período de três meses, da cobrança de tributos e dos serviços públicos de competência estadual.
• O ofício, assinado pelo presidente da entidade, Thiago Diaz, inclui também as concessões e permissões, especialmente a cobrança para os serviços de fornecimento de energia elétrica e de água e esgoto.
• “Nossa solicitação está embasada na declaração da Organização Mundial de Saúde de estado de pandemia em relação ao novo coronavírus e na necessidade de adoção de medidas preventivas, seguindo orientações do Ministério da Saúde”, disse Diaz.
Saiba Mais
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