Surto

Eventuais barreiras contra o coronavírus podem ser feitas no MA

Reunião deve acontecer na próxima semana, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), com a Vigilância Sanitária; epicentro da doença é na cidade de Wuhan, na China, onde 26 pessoas foram a óbito por contaminação

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Foto divulgada pelo Hospital Central de Wuhan mostra a equipe médica atendendo paciente infectado (Corona virus)

A população mundial está preocupada com uma nova infecção, que já causou a morte de 26 pessoas na China. O governo chinês, inclusive, informou que 35 pacientes diagnosticados com a doença estão recuperados e receberam alta. Embora nenhum caso tenha sido registrado no Brasil, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) comunicou que convocará uma reunião com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa/MA), para discutir o problema, a fim de formar eventuais barreiras de controle do vírus no Maranhão.

Segundo nota enviada pela Secretaria de Estado da Saúde, a reunião deve acontecer na próxima semana, sem data definida, ainda. Além da Anvisa/MA, responsável pelo monitoramento de portos e aeroportos, o encontro abrangerá infectologistas da rede de saúde do estado. Além de representantes da rede de assistência à saúde e dos núcleos de Vigilância Hospitalar e Vigilância Epidemiológica.

De acordo com o órgão, até o momento, não há orientação do Ministério da Saúde sobre as medidas a serem adotadas no Brasil.

Casos na China
As mortes decorrentes do coronavírus continuam aumentando na China. Segundo a agência estatal CGTN, já são 897 casos confirmados da doença no país asiático, com mais de 1.072 suspeitas. Por causa do surto, desde o dia 22 de janeiro o governo chinês aplicou protocolos de isolamento na região. Essas restrições incluem o fechamento de estações de trens, rodoviárias, transportes urbanos e de circulação de carros por algumas estradas.

Além disso, o governo da capital chinesa decidiu cancelar as festas populares que estavam previstas para a celebração do Ano Novo, período no qual milhares de habitantes de Pequim se espalham por parques e espaços públicos para assistir aos tradicionais bailes do leão e do dragão. O epicentro do vírus é a cidade de Wuhan. Os locais vizinhos, Huanggang e Ezhou, foram isolados.

Estados Unidos
A doença está avançando no mundo de maneira surpreendente. Além da China, há mais de 14 confirmações de infecção por coronavírus em nove países. Os Estados Unidos admitiram que foi registrado o segundo caso no país. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) informou que uma paciente de Chicago foi infectado, que já atingiu mais de 900 pessoas no planeta. A paciente, de acordo com o CDC, tem 63 anos e viajou para o epicentro da doença, em Wuhan (China). A doença também está presente no Japão, Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Vietnã, Singapura e Arábia Saudita.

Alerta no Brasil
O Ministério da Saúde afirmou, na quinta-feira, 23, que está em alerta para o risco de transmissão do coronavírus no Brasil. Em uma escala de 1 a 3, o nível de alerta para o País é 1, segundo a pasta. Júlio Henrique Rosa Croda, secretário substituto de Vigilância em Saúde, disse que cinco casos suspeitos da doença no território brasileiro foram descartados. Esses registros estavam sendo investigados em Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os casos suspeitos foram descartados seguindo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), que são febre e sintomas gripais. Além de critérios epidemiológicos, como se a pessoa supostamente infectada viajasse para Wuhan, onde ocorre o epicentro da doença. Na China, inclusive, a transmissão foi registrada entre familiares e profissionais de saúde, comportamento semelhante a outros vírus da família coronavírus. Não foram feitos registros de casos transmitidos sem o contato com infectados, o que descarta o risco de uma pandemia.

Coronavírus
O nome oficial é 2019-nCoV. O vírus faz parte de uma família que foi detectada nos anos 1960, com sete integrantes, sendo os mais conhecidos o MERS e SARS. O coronavírus surgiu no dia 31 de dezembro do ano passado. O primeiro alerta do surto ocorreu na cidade de Wuhan. O vetor seria uma cobra, que transmite a doença para o ser humano. A primeira vítima foi um homem chinês de 61 anos.

O contágio ocorre via animal, depois que o ser humano se alimenta da carne de animais silvestres. A forma mais comum é pelo ar. A pessoa contaminada tosse ou espirra, espalhando o vírus. Os sintomas incluem febre e dificuldade para respirar, em casos menos graves. Nos mais graves, por outro lado, acontecem síndrome respiratória aguda e insuficiência renal.

A recomendação para prevenir a doença incluem lavar bem as mãos, cobrir a boca e o nariz ao espirrar e cozinhar bem carne e ovos. "O vírus sofreu uma pequena mutação e não se sabe ainda a forma de transmissão, se ele se assemelha à transmissão do Sars e do Mers. Portanto, mais limitada, ou se pode adquirir habilidade maior de transmissão, como o vírus da influenza, por aerossol", explicou Júlio Henrique Rosa Croda, secretário substituto de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.

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