Sistema de segurança

Equipamentos da SSP estão sendo usados em ações criminosas na Grande Ilha

As ações são realizadas por policiais civis e supostos servidores da Segurança Pública; um deles chegou a ser preso em cumprimento judicial, mas foi solto

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

SÃO LUÍS - A aparelhagem da Secretaria de Segurança Pública (SSP) como viaturas, armamentos, balaclava, coletes balísticos e outros materiais está sendo desviada para o uso de empreitadas criminosas na Região Metropolitana de São Luís. Há informações que essas ações ilegais estão sendo realizadas por supostos servidores ou prestadores de serviços da SSP e a maioria dos alvos está sendo feirantes e estrangeiros.

Ainda na sexta-feira, 24, a equipe do O Estado obteve um vídeo que foi gravado por populares, no final do mês passado, em que mostra três homens com coletes da Polícia Civil, armados e um deles utilizando balaclava, na feira da Cidade Operária. O trio exigia dinheiro dos feirantes e em um determinado momento foram chamados de ladrão por alguns populares.

No vídeo ainda é possível observar que um dos homens tentou agredir fisicamente uma mulher, nome não revelada. Um dos integrantes desse trio, segundo os populares, é o prestador de serviços da Polícia Civil, Jairon Everton Diniz, enquanto, os outros se apresentaram nesse local como policiais civis.

Os populares, que não se identificaram com receio de sofrer algum tipo de represália, também disseram que esse trio comparece com uma certa frequência nesse mercado com o objetivo de realizar o crime de extorsão e tendo como um dos alvos feirantes e colombianos.

Também existe denúncia anônima que em dezembro do ano passado esse mesmo trio teria se deslocado utilizando veículos de propriedade da SSP até um condomínio, localizado na área da Maiobinha, com objetivo de tomar um carro de um estrangeiro de forma irregular. O Estado esteve na manhã de ontem nesse local, mas, ninguém quis falar sobre o assunto.

Prisão

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O delegado Carlos Alessandro de Assis informou que o prestador de serviço da Polícia Civil foi preso em cumprimento de ordem judicial, no último dia 20, suspeito de utilizar viatura da polícia para cometer crimes na Ilha, mas acabou sendo liberado, na quinta-feira, 23, por meio de alvará expedido pela Central de Inquérito.

Ainda segundo o delegado, o detido era encarregado das viaturas da polícia. Na quinta-feira, 16, ele em companhia de mais três criminosos utilizaram o veículo da instituição policial para realizarem arrastão na cidade.

Um dos alvos dos criminosos foi o estrangeiro, Leonardo Restrepo, e chegaram a levar uma quantia de R$ 1.400. Também nesse dia, o trio criminoso invadiu uma residência, no São Raimundo, onde tomaram de assalto uma motocicleta.

Facção

Ainda na sexta-feira, 24, o faccionado Carlos Augusto Máximo Filho, Gugu, estava preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. De acordo com a polícia, ele em companhia de mais três criminosos gravaram um vídeo, na quarta-feira, 22, exibindo armamento de grosso calibre e fazendo ameaças de morte a integrantes de uma facção criminosa rival.

A polícia começou a investigar o caso e conseguiu localizar Carlos Filho, no bairro da Camboa, na noite da última quinta-feira. Em poder dele, os policiais encontraram arma de fogo e o criminoso foi apresentado no Plantão Civil das Cajazeiras, no centro. Também na sexta-feira, guarnições da Polícia Militar realizaram rondas nessa localidade e bairros adjacentes com o objetivo de prender os outros criminosos, mas, até o começo da noite não tinham tido obtido sucesso.

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