Processo seletivo

Enem 2019: erro na correção afetou cerca de 6 mil candidatos, diz Abraham Weintraub

Ministro da Educação aponta ''incongruências'' nas correções das provas em ao menos quatro cidades brasileiras. Erro teria sido causado por falha em impressora da gráfica contratada pelo Inep para confecção da prova

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Ministro da Educação, Abraham Weintraub (à esq.), afirma que houve ''inconsistências'' na correção do Enem 2019 (Divulgação)

BRASÍLIA - O ministro da Educação, Abraham Weintraub, estimou em seis mil pessoas o número de afetados por erro na correção da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. Em entrevista à Rádio Gaúcha, do Rio Grande do Sul, o chefe da pasta considerou "baixo" o impacto e disse que as notas seriam corrigidas ainda ontem, 20.

"A gente já tem o número de pessoas e vai ser corrigido hoje (ontem) à noite", disse Weintraub. "Estamos falando de 0,1% das pessoas, isso dá cerca de cinco ou seis mil candidatos, problemas que vão ser corrigidos. O impacto é baixo e não vai ter nenhum efeito para a maioria das pessoas."

O ministro explicou que o erro ocorreu na impressora da gráfica Valid Soluções S.A, responsável pela diagramação, manuseio, embalagem, rotulagem e entrega aos Correios dos cadernos de provas. Segundo ele, a máquina "dava umas engasgadas" durante a impressão e isso gerou o descolamento da prova com o gabarito.

O ministro disse que, por ter sido um problema mecânico da máquina, deverá tomar as medidas cabíveis contra a gráfica. "Aparentemente, não foi uma coisa de má-fé, foi um acidente, coisa que acontece. Não depende da minha avaliação. gente vai ver legalmente o que acontece", disse Weintraub. O G1 entrou em contato com a gráfica Valid Soluções S.A, mas a empresa informou que não vai comentar o assunto.

Falha concentrada em MG
Weintraub explicou que o erro foi identificado a partir de estatísticas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia responsável pela produção e correção da prova. Segundo ele, foi identificado que alguns candidatos apresentaram notas altas no primeiro dia e resultados baixos no segundo.

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"Não faz sentido uma pessoa gabaritar no primeiro dia e no segundo ela tirar zero", disse.
Este padrão foi identificado, disse ele, em quatro cidades brasileiras, mas reforçou que o problema esteve concentrado no estado de Minas Gerais. "Não tem impacto nenhum, o pessoal aí do Sul pode ficar tranquilo. O resto também pode ficar tranquilo, foi um susto que as pessoas levaram."

Ele explicou que a equipe compara os gabaritos onde "estatisticamente tem mais problema". No domingo,19, uma força-tarefa do Ministério da Educação foi montada para identificar os problemas. Além disso, o ministro disse que ao menos 200 mil candidatos pediram revisão das notas pelo e-mail enem2019@inep.gov.br.

Sisu será mantido

O ministro descartou a possibilidade de atrasar o prazo de abertura para inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo ele, as notas serão corrigidas diretamente na plataforma até o final de ontem,20.

O desempenho no Enem é critério para concorrer no sistema que oferece 237 mil vagas em universidades federais em todo o país. O período de inscrições foi mantido: vai de terça-feira,21, a sexta-feira,24.

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