MARANHÃO - O coronel reformando José Monteiro confirmou a O Estado que deve deixar o cargo de secretário-geral do PSL e abandonar a legenda. A informação foi passada ainda na terça (12) logo após o anúncio do presidente Jair Bolsonaro de fundar uma nova legenda, a Aliança pelo Brasil.
“O desafio de construção de um partido verdadeiramente conservador ao lado do presidente Bolsonaro é uma opção que não se pode recusar”, disse Monteiro.
A decisão de Monteiro deve esvaziar o PSL no estado. Antes da entrada do militar, a legenda possui algumas dezenas de filiados e cerca de cinco executivas municipais. Nos últimos meses, capitaneados pelo coronel, membros do movimento Endireita Maranhão entregaram milhares de fichas de filiação e ajudaram a estruturar o partido em mais de 200 municípios.
Pré-candidato à Prefeitura de São Luís, Monteiro não teme que a falta de regulamentação inviabilize sua participação na disputa. “Temos em mente um desafio muito maior. Se ele exigir sacrifício, iremos nos manter firmes”, disse.
O anúncio de fundação de um novo partido também beneficiou militantes bolsonaristas que desconfiavam da condução do partido pelo vereador Chico Carvalho. Causava mal-estar na legenda as acusações de envolvimento de Carvalho no chamado “laranjal” do PSL. Além disso, também pesam contra o presidente supostas manobras para inviabilizar candidaturas e beneficiar protegidos.
Nos próximos dias o Coronel Monteiro deve iniciar as reuniões para a criação de comitês para a coleta de assinaturas. Para iniciar o processo de regularização, a legenda precisa de cerca de 500 mil assinaturas em, pelo menos, nove estados.
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