Paralisadas desde o dia 2 de outubro, foram retomadas nesta sexta, 1º, as cirurgias oncológicas no Hospital do Câncer Aldenora Bello. Também tinham sido suspensos os serviços de tratamento da dor, cuidados paliativos e Serviços de Pronto Atendimento (SPA).
O motivo indicado pela direção do hospital para a suspensão seria decorrente dos defeitos técnicos em um compressor do serviço de oxigenoterapia. Segundo as normas de segurança do paciente, há uma exigência de que dois compressores estejam em funcionamento no caso de procedimento cirúrgico.
As promotoras de justiça Glória Mafra (titular da 2ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa da Saúde), que intermediou toda a negociação para o reinício dos atendimentos, e Ilma de Paiva Pereira (coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde do Ministério Público do Maranhão), reuniram-se com Antonio Dino Tavares, vice-presidente da Fundação Antonio Jorge Dino, mantenedora do hospital, para acompanhar a retomada dos procedimentos cirúrgicos.
Trinta pacientes foram operados nesta sexta e outros trinta devem se submeter às cirurgias neste sábado, feriado de Finados, dia em que normalmente não são realizados esses procedimentos. Com a paralisação e o consequente acúmulo da demanda, a direção e os profissionais de saúde do hospital decidiram também realizar as operações aos sábados, a fim de diminuir a fila de cirurgias e o sofrimento dos pacientes e familiares.
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INTERMEDIAÇÃO
Desde que a suspensão foi anunciada, a promotora Glória Mafra buscou intermediar junto à direção do hospital e aos gestores das Secretarias Municipal e de Estado da Saúde a fim de encontrar uma rápida solução para o problema. “A preservação da saúde e da qualidade de vida dos pacientes é sempre uma prioridade e devemos fazer todos os esforços para superar as dificuldades na prestação dos serviços”, destacou.
No dia 22 de outubro, por iniciativa da representante do Ministério Público, foi realizada uma reunião na sede das Promotorias de Justiça da Capital, com a presença de gestores e técnicos das duas secretarias, além da direção do Hospital Aldenora Bello. Na pauta, foram debatidas tanto as questões relativas ao problema imediato do compressor, como também às outras dificuldades enfrentadas pelo estabelecimento para garantir atendimento de qualidade aos pacientes. Itens como atendimento domiciliar, a fila para atendimento de radioterapia, carência de recursos e demora da Semus para efetuar o repasse dos recursos do SUS foram debatidos.
Glória Mafra também chegou a entrar em contato com a direção da empresa White Martins, responsável pela manutenção do compressor, para pedir agilidade no reparo do equipamento.
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