BRASÍLIA - Em novo gesto para amenizar a crise interna no PSL, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse na tarde desta quarta-feira, 16, que "está tudo" certo com partido e que "se Deus quiser a gente vai resolver isso aí". "O Brasil tá acima do nosso partido. Nosso partido é o Brasil", disse o presidente. As declarações foram feitas após visita ao general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército e atual assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Bolsonaro afirmou que conversa com Villas Bôas antes de tomar muitas decisões.
Bolsonaro voltou a repetir que o PSL deve se unir pela "transparência". "Não falo sobre PSL para evitar pingue-pongue. Se Deus quiser a gente vai resolver isso aí", disse o presidente Mais cedo, Bolsonaro havia dito que não pretende "tomar o partido de ninguém".
Nesta terça-feira, 15, a operação de busca e apreensão deflagrada pela Polícia Federal em endereços ligados ao presidente do PSL, Luciano Bivar, no Recife, agravou a crise que envolve o partido de Bolsonaro e ameaça prejudicar o andamento de projetos de interesse do Palácio do Planalto no Congresso.
Visita
Villas Bôas recebeu alta hospital no último sábado, 12, após melhora no quadro respiratório que havia provocado sua internação. O ex-comandante, de 67 anos, sofre de uma doença neuromotora degenerativa. Ele estava internado desde o dia 6 no Hospital Sírio Libanês, em Brasília, quando foi transferido do Hospital das Forças Armadas (HFA).
Em frente à casa de Villas Boas há uma faixa com a seguinte mensagem: "Mais uma batalha vencida, comandante. Nosso highlander!!! A equipe não racha... Juntos somos mais fortes".
O general é tido como conselheiro do governo para assuntos do Exército.
No final de agosto, o presidente Bolsonaro disse que Villas Bôas agiu em silêncio durante momento "crítico" do Brasil, quando teria garantido "liberdade e democracia". "A história sabe disso "
Em 2018, quando o STF discutia a possibilidade de um habeas corpus que poderia evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o militar usou as redes sociais para criticar a discussão na Corte: "Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo: quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?"
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