A gente conta...

"O meu foco não é a quantidade, mas a qualidade"

Ele começou vendendo suco na rua, mas, com esforço e trabalho, conseguiu tornar-se empreendedor do ramo de entretenimento, erguendo um empreendimento que marcaria a história da vida noturna de São Luís

Evandro Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
José Martinho se considera um homem de luta, que soube agarrar as opo (Kabão)

SÃO LUís - Ele é empresário há 37 anos e começou no empreendedorismo vendendo suco em caixas de isopor. Depois, abriria uma lanchonete e, em seguida, um bar no Centro Histórico de São Luís. O empresário José Martinho dos Santos Barros, natural do município de Cantanhede, é um homem de luta e garra. Enfrentou dificuldades e soube agarrar as oportunidades para vencer na vida. Apesar de ter nascido no interior do estado, foi na capital que as coisas começariam a acontecer na vida dele.
José Martinho dos Santos Barros é hoje um nome associado a um dos empreendimentos mais emblemáticos da vida noturna de São Luís: a Choperia Kabão, localizada no Aterro do Bacanga, endereço que é sinônimo de festas e de diversão até o amanhecer. Martinho é também proprietário do Conchas Bar, na Avenida Litorânea, negócio que surgiu de seu aprendizado como empreendedor.

LANCHES
Comecei a empreender vendendo lanches, mas, depois, percebi que comercializar bebida, associada à diversão, poderia ser um bom e rentável negócio. Foi a partir dessa ideia que eu consegui crescer profissionalmente e me manter no mercado do entretenimento. Tenho orgulho da minha história e da choperia que resiste há mais de três décadas”, conta.
O nome Choperia Kabão, que figura na agenda cultural de São Luís há 35 anos, nasceu de uma briga na Rampa Campos Melo, na Praia Grande É que Martinho era cabo da Polícia Militar (fez concurso incentivado por um amigo) e certo dia, durante uma briga no Centro Histórico, ele e mais três soldados ajudaram a apartar uma briga entre dois estivadores, ambos armados com facão.
“Deus me deu coragem e me meti entre os dois para segurar os braços deles, com a ajuda dos outros soldados. Por sorte, tudo acabou bem, apesar dos riscos que corri. Um fiscal da Receita Estadual, que tudo presenciou, disse naquele momento ‘que se o cabo não fosse um cabão, a briga poderia ter acabado em morte no chão’. A partir desse incidente, ganhei esse apelido”, conta ele, que também adquiriu um bar próximo a uma parada de ônibus, que ficaria conhecida como ‘Lanchonete do Kabão”.

Histórias
A vida do vendedor de suco que salvou a vida de dois estivadores e ganhou um apelido daria uma guinada, pois ele transformaria a lanchonete em uma grande choperia. Hoje, a vida noturna do Aterro do Bacanga confunde-se com a história do Kabão. São muitas histórias de encontros e desencontros, paixões, música e romantismo.
Martinho sabe que seu empreendimento marcou e marca a vida de muitos noctívagos e que ele pode ir mais longe. No entanto, afirma que, atualmente, não pensa em expandir o negócio. Apenas quer investir na qualidade do serviço oferecido, o que perpassa pelo bom atendimento e pela oferta de uma boa comida. “O meu foco não é a quantidade, mas a qualidade”, enfatiza.
Para o futuro, o empresário pensa em transformar a Choperia Kabão na melhor da cidade dentro desse ramo de atividade. Quando perguntado sobre sua trajetória, costuma dizer que tudo é fruto de muito trabalho e dedicação. “Além do que, eu sempre tive Deus ao meu lado e hoje posso me considerar um vitorioso, pois apesar das dificuldades que enfrentei, jamais desisti de seguir em frente, sempre com humildade”, finaliza. l

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.