Assassinato

75 mortes violentas já ocorreram este ano na cidade de Imperatriz

Média este ano, segundo a polícia, é de nove assassinatos por mês; em 2018, durante todo o ano, foram 127 ocorrências, contra 113 registradas em 2017

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Antônio Marcos Silva Conceição, o Marquinhos, assassinado a tiros no bairro Vila Leandra (Arma)

IMPERATRIZ - Setenta e cinco assassinatos com uso de revólver ou arma branca já ocorreram desde o 1º dia de janeiro deste ano até esta quarta-feira, 18, na segunda maior cidade do estado, Imperatriz. A média, segundo a polícia, é de nove casos por mês. Durante todo o ano passado, o registro foi de 127 mortes violentas no município, sendo 115 homicídios dolosos, oito latrocínios (roubo seguido de morte) e quatro crimes de feminicídio. Em 2017, foram 113 pessoas mortas.

A polícia informou que o número de assassinatos em Imperatriz este mês, nove ocorrências, já superou o mês passado, com sete mortes. Em menos de 24 horas ocorreram dois homicídios, segundo a polícia, motivados por acerto de contas ligado ao tráfico de droga e rivalidade entre faccionados. Uma das vítimas foi o foragido do sistema prisional Antônio Marcos Silva Conceição, o Marquinhos, de 35 anos.

Ele foi executado quando estava em um bar, no bairro Leandra, na noite de quarta-feira, 18, por dois homens que chegaram em uma motocicleta. O garupa desceu e efetuou os tiros. A vítima ainda tentou correr, mas foi alvejado nas costas e morreu ainda no local.

Os acusados do outro assassinato, ocorrido na noite de terça-feira, 17, também utilizaram motocicletas para fugir. Eles invadiram a residência de João Pedro Januário da Conceição, de 20 anos, no bairro Santa Rita e o mataram com vários tiros.

Ainda de acordo com a polícia, esse crime teria sido praticado por faccionados, já que a vítima era suspeita de comercializar droga nessa localidade. Na casa dele foram encontrados entorpecentes, balança de precisão e material para embalar a droga.

Latrocínio

A Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoas (DHPP) ainda ontem não havia conseguido prender os acusados de terem praticado dois casos de latrocínio neste mês em Imperatriz. Uma das vítimas foi Edileusa Silva de Sousa, de 58 anos, que foi morta em sua residência, na Vila Redenção, na noite de terça-feira, 10.

A polícia informou que os criminosos vestiam farda escolar e teriam invadido a casa da vítima para roubar o celular. Edileusa Silva se recusou a entregar o aparelho e acabou baleada no pescoço na frente de seus familiares. Os assaltantes fugiram levando o celular e a vítima morreu no local.

O outro latrocínio teve como vítima o pastor de uma igreja evangélica, Jorge Antônio Magalhães, de 50 anos, e ocorreu no último dia 9, no bairro Nova Imperatriz. A vítima foi espancada e ainda teve a sua bicicleta roubada. Jorge Magalhães ainda foi levado para o Hospital Municipal de Imperatriz, mas não resistiu.

Sangrento

O início deste ano em Imperatriz foi considerado sangrento. Entre os dias 3 a 4 de janeiro ocorreram seis assassinatos. Um dos casos foi registrado na tarde do dia 3 e teve como vítima o sargento aposentado Joselito Fernandes Marinho, no bairro Maranhão Novo.

Ainda nesse dia, a polícia registrou um duplo homicídio, no bairro São José do Egito. As vítimas foram Ronildo Ribeiro Marinho, de 26 anos, e João Matias de Sousa Filho, de 47 anos. Eles foram mortos a tiros em via pública. No Parque do Buriti foi morto a tiros Francivaldo Silva Coelho, de 32 anos. A Ele era usuário de droga e foi alvejado na cabeça.

No começo da madrugada do dia 4 foi morto, também a tiros, Wanderson Lima Gomes, de 20 anos, no Alto Bonito. Os acusados fugiram em uma motocicleta. A polícia ainda nesse dia registrou a morte de Maiara Santos Sousa, de 32 anos, nas proximidades do setor da antiga rodoviária. Ela era usuária de droga e levou golpes de chuço desferidos por uma mulher, até hoje não identificada.

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Assassinatos este mês em Imperatriz

Parque Amazonas: Wallisson Bezerra Lima, de 30 anos, morto a golpes de arma branca, no dia 3;

Jardim São Luís: Empresário Antônio Ricardo Rodrigues, de 29 anos, que foi executado no dia 3;

Vila Nova: Carlos Eduardo Silva Lima, de 24 anos, morto a tiros em uma banca de espetinho na Praça Manoel Cecílio Ribeiro, conhecida por Praça Ferro de Engomar, no último dia 3;

Nova Imperatriz: Pastor Jorge Antônio Magalhães, de 50 anos, foi espancado e teve a bicicleta roubada, no dia 9.

Vila Redenção: Edileusa Silva de Sousa, de 58 anos, morta em sua casa e ainda teve o celular roubado;

Fazenda Chaparral: O trabalhador rural Elves de Andrade Silva, de 41 anos, foi assassinado durante uma bebedeira na tarde de domingo, 15;

Vila Jackson Lago: Gilson Carlos Ferreira da Silva, de 43 anos, morto a golpes de faca, no dia 15;

Santa Rita: João Pedro Januário da Conceição, de 20 anos, morto a tiros no dia 17;

Bairro Vila Leandra: Antônio Marcos Silva Conceição, o Marquinhos, de 35 anos, assassinado a tiros em um bar, no dia 18.

Número

75

foi o número de assassinatos ocorridos este ano em Imperatriz de 1º de janeiro a 18 deste mês; em 2018 foram 127 mortes violentas e em 2017, e em 2017, 113 ocorrências

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