Prévia da Diversidade

Defensoria Pública realiza roda de conversa sobre empreendedorismo LGBTQ+

Atividade foi conduzida pela defensora pública Lindevania Martins, titular do Núcleo de Defesa da Mulher e da População LGBT, no auditório da instituição

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Roda de conversa aconteceu como parte da programação da IV Prévia da Diversidade “Existir para Resistir”, em São Luís. (roda de conversa)

Experiências sobre empreendedorismo LGBTQ+, ações de economia colaborativa e solidária coordenadas por coletivos de mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais, buscando o empoderamento do segmento, nortearam as discussões na roda de conversa realizada pela Defensoria Pública do Estado (DPE/MA), na última sexta-feira (13), como parte da programação da IV Prévia da Diversidade “Existir para Resistir”, em São Luís.

A atividade foi conduzida pela defensora pública Lindevania Martins, titular do Núcleo de Defesa da Mulher e da População LGBT, no auditório da instituição, contando na abertura com a presença do coordenador da Aliança Nacional LGBTI, Jefferson Taylor França Ribeiro. “A Defensoria Pública já é uma parceria dos movimentos e muito tem contribuído para o fortalecimento das nossas lutas”, destacou o ativista.

A DPE/MA desenvolve desde junho deste ano, o projeto “Respeitar as Diferenças é Viver sem Violência”, que visa a ampliação dos atendimentos jurídicos, sociais e psicológicos às pessoas LGBT’s em situação de vulnerabilidade. Segundo Lindevania Martins, a proposta do projeto muito se assemelha com os objetivos da roda de conversa.

“Por trás do conceito do empreendedorismo LGBTQ+ há uma ética, onde é difundido valores de respeito, motivando a nossa iniciativa. Trata-se de uma pauta positiva, que tem uma influência social, cultural e econômica, muito grande. Além de gerar renda para pessoas LGBTs, acreditamos que pode inspirar outros jovens do segmento a também terem iniciativas criativas como essa”, disse a defensora pública, alertando para as dificuldades que as pessoas LGBTs têm para inserção no mercado de trabalho.

Convidada especial, vinda do Rio de Janeiro, a editora da Revista Brejeiras, a historiadora Cristiane Furtado foi uma das palestrantes da roda de conversa. Ela falou sobre a experiência de compartilhar assuntos pertinentes ao cotidiano e às causas e bandeiras levantadas pelas lésbicas.

“Esta é uma revista que é produzida no Rio de Janeiro, por e para mulheres lésbicas, que trazem histórias e relatos de diferentes partes do Brasil. A revista é um grande desafio, porque temos muita dificuldade para mantê-la. Por isso, nesse bate papo queremos também ouvir as pessoas, para pensarmos juntas estratégias de como sobreviver nesse mercado”, ressaltou.

A empreendedora Isabela Leite, que é curadora do Brechó Desmonte e integrante da SaFeira, também falou da importância dos coletivos para se garantir uma rede solidária de apoio social e econômico às lésbicas e bissexuais. “E é com essa visão de economia colaborativa que viemos discutir o empreendedorismo na Defensoria Pública, entendendo que isso é fundamental para o empoderamento da comunidade”, disse.

Idealizadora do TransBazar, a ativista Júlia Rodrigues se pronunciou sobre os desafios para os transexuais empreenderem no estado. “A resistência é a forma que temos para mostrar que não somos invisíveis”, afirmou a palestrante, que ainda mantém um canal no You Tube chamado Rabiscos da Júlia.

À tarde, no Ceprama, a Defensoria também participou da programação da IV Prévia da Diversidade “Existir para Resistir”, com atrações culturais, atendimentos jurídicos e médicos, dentre outras ações.

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