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PRF registrou 342 acidentes e 60 mortes este ano no Maranhão

Apesar de queda no número de casos em relação a 2018, quando 454 acidentes e 79 mortes foram registrados nas rodovias federais, dados são preocupantes; principais causas estão ligadas à imprudência de condutores

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Acidente na BR-222; sete morreram na colisão de carreta, este ano (acidente)

Seja a passeio ou a trabalho, uma das melhores partes das viagens é voltar para casa, mas isso não foi possível para as dezenas de vítimas de acidentes de trânsito ocorridos nos primeiros quatro meses de 2019. Conforme dados da superintendência regional da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 342 acidentes e 60 mortes foram registradas nas BRs que cortam o Maranhão e, apesar de apresentar redução em comparação ao mesmo período de 2018, quando 79 pessoas perderam a vida em decorrência de acidentes em rodovias, dados são preocupantes e servem de alerta para os perigos relacionados ao descumprimento das leis de trânsito por quem pega a estrada.

Entre os meses de janeiro e abril de 2019 foi registrada uma média de 5,7 mortes para cada acidente ocorrido nas rodovias que cortam o Maranhão. Um dado assustador, que revela fatores de risco comumente praticados por condutores: excesso de velocidade e ultrapassagens indevidas associados à embriaguez ao volante. De acordo com Antônio Noberto, inspetor da PRF-MA, essas ainda são as principais causas de acidentes nas estradas federais no estado.

“As placas e sinalizações, assim como a legislação, não são criadas por acaso, elas tem um propósito e suas indicações precisam ser respeitadas para garantir a segurança de todos aqueles que integram o trânsito, mas ainda são muito comuns em todo o estado. Ter cuidado com os equipamentos de segurança, dirigir dentro dos limites de velocidade, evitar ultrapassagens em trechos não permitidos, assim como a ingestão de bebidas alcoólicas antes de pegar a estrada, são atitudes essenciais para garantir uma viagem tranquila”, afirmou.

Os acidentes ocorrem, principalmente, nos trechos das rodovias onde há maior movimentação de veículos e pedestres, como explicou Noberto. “Alguns pontos podem ser considerados mais perigosos, como o trecho inicial da BR-135, principalmente pela movimentação. Onde há muita concentração de veículos e pessoas, costuma ter muito acidente”. Entre janeiro e abril de 2018, 152 acidentes foram registrados na BR-135, já no mesmo período de 2019, este número caiu para 84, o que, segundo o inspetor, está relacionado com a conclusão da obra de duplicação da rodovia.

Os acidentes mais graves, com óbito, por sua vez, estão mais concentrados na BR-316. Por lá foram registradas 22 das mortes envolvendo acidentes de trânsito durante os quatro primeiros meses do ano anterior. Neste ano, 13 pessoas perderam a vida na mesma rodovia, o que, segundo Noberto, está relacionado às condições da via. “A BR-316 possui muitos trechos deteriorados e, por isso, os condutores estão dirigindo mais devagar e, em alguns casos, até aguardando a realização de serviços para seguirem viagem, mas, ainda assim, a rodovia se destaca entre as mais perigosas do estado”, ressaltou.

O que fazer para evitar acidentes

Viagens longas
Faça uma revisão cuidadosa nos principais itens de segurança do veículo,descanse bastante antes de iniciar sua viagem. Se possível, viaje acompanhado por alguém que possa revezar a direção. Não beba nem tome qualquer medicação que possa interferir nos seus sentidos. Faça paradas regulares, mesmo que não esteja cansado.

Ultrapassagens
Nunca ultrapasse pela pista da direita. Antes da ultrapassagem, certifique-se de que você tem uma visão total da estrada, olhando também os retrovisores. Anuncie por meio dos sinais convencionais sua intenção de fazer a ultrapassagem. Nunca ultrapasse em trevos, lombadas, curvas e passagens de nível ou onde a faixa que divide as pistas seja contínua.

Dirigindo na chuva
Redobre a atenção para as condições da estrada nessas ocasiões, é possível a ocorrência de deslizamentos e quedas de barreiras. Reduza a velocidade a um limite seguro. Mantenha ligado os limpadores de para-brisa, evite freadas fortes. Não fume para evitar o embaçamento do vidro. Se o carro aquaplanar (deslizar sobre uma lâmina de água) não freie nem pise na embreagem. Solte o acelerador e deixe o atrito com água reduzir a velocidade até você sentir as rodas adquiriram contato com o piso.

Animais na pista
Ao se deparar com animais de grande porte nas pistas (cavalos, bois, etc.) não buzine nem sinalize com os faróis. Isto assusta o animal.

Viajando com crianças
Crianças com menos de 10 anos devem sempre ser transportadas no banco de trás, atadas aos cintos de segurança ou acomodadas nas cadeirinhas apropriadas. Bebês, mesmo os recém-nascidos, não devem viajar no colo de suas mães. Em caso de colisão, o risco da criança servir como amortecedor no impacto com o painel ou no banco da frente é muito grande.

Cinto de segurança
A obrigatoriedade do uso do cinto de segurança é para todos os ocupantes dos veículos, independente da via que esteja sendo utilizada. Mantenha os cintos sempre em bom estado e nunca prenda-os enrolado ou dobrado, para não reduzir sua eficiência. O uso de cinto de segurança no banco de trás também é obrigatório, além de eficaz na prevenção de traumas e fatalidades.

Os acidentes de trânsito derivam de três fatores: humano, veicular e vias
Fator humano

– Excesso de velocidade.
– Beber e dirigir.
– Combinação celular/direção.
– Não usar setas que indicam as intenções de manobras.
– Não respeitar as sinalizações horizontais e verticais
– Não guardar distância do veículo que vai à frente.

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Fator veicular
Deixar de fazer a manutenção regular no veículo (com atenção especial aos pneus, freios, faróis, lâmpadas, luzes, limpadores de para-brisa, vela, filtros, correia dentada, radiador, sistema elétrico e combustível).

Vias
– O estado de conservação.
– As condições da sinalização.
– A falta de acostamento.
– A falta de passarelas.

Saiba o que fazer em casos de acidentes

Cada acidente é diferente de outro e, por isso, só se pode falar na melhor forma de socorro quando se sabe quais as suas características. Um veículo que está se incendiando, um local perigoso (uma curva, uma ponte estreita), vítimas presas nas ferragens, a presença de cargas perigosas, etc, tudo isso interfere na forma do socorro.

Estas ações também vão ser diferentes caso haja outras pessoas iniciando os socorros, ou mesmo se você estiver ferido. A sequência das ações a serem realizadas será sempre a mesma:

– Manter a calma;
– Garantir a segurança;
– Pedir socorro;
– Controlar a situação;
– Verificar a situação das vítimas;
– Realizar algumas ações com as vítimas.

Qual serviço solicitar em caso de emergência

Corpo de Bombeiros – 193: Vítimas presas em ferragens; qualquer situação de risco envolvendo fogo fumaça, faísca, vazamento de substâncias, gases, líquidos, combustíveis, locais instáveis como ribanceiras, valas, muros abalados, etc.
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) – 192: Emergências clínicas; mal súbito em via pública.
Polícia Militar – 190: Sempre que ocorrer uma emergência em locais sem serviços próprios de socorro; ocorrências relativas à manutenção da ordem pública.
Polícia Rodoviária Federal – 191: Qualquer emergência nas rodovias federais.

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