Saída da UE

União Europeia concorda em adiar o Brexit até 22 de maio

Bloco deve condicionar adiamento à aprovação do acordo firmado entre Theresa May e líderes europeus. No entanto, presidente da Câmara dos Comuns não quer que a premiê apresente a mesma proposta

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Theresa May, chega para encontro em Bruxelas, na Bélgica, com representantes dos países membros da União Europeia (AFP)

LONDRES - A União Europeia vai concordar em adiar a saída definitiva do Reino Unido do bloco para até 22 de maio, informou a imprensa britânica ontem, 21. O prazo adianta em pouco mais de um mês a data proposta para o Brexit pela primeira-ministra Theresa May.

Para garantir o adiamento, o Parlamento britânico deverá acertar a data e aprovar um acordo com a União Europeia. Caso ninguém chegue a um consenso, o Reino Unido deve deixar o bloco, sem prorrogação, na data antes prevista: 29 de março.

O Parlamento britânico havia aprovado o pedido de May para adiar o Brexit até 30 de junho – prazo que desobrigaria o Reino Unido de participar das eleições para o Parlamento europeu.

No entanto, o impasse deve continuar porque as lideranças da União Europeia não estão dispostas a alterar o termo do acordo recusado já duas vezes pelo Parlamento britânico. E, do outro lado, o presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, negou à primeira-ministra a possibilidade de submeter o mesmo acordo à votação dos parlamentares.

Ao canal de televisão norte-americano CNN, a primeira-ministra da Lituânia, Dalia Grybauskaitè, disse que o adiamento do Brexit somente ocorrerá caso o Parlamento britânico aprove aquele mesmo acordo acertado entre May e a União Europeia, no ano passado.

O Conselho Europeu está reunido em Bruxelas, sede da União Europeia, para decidir a aprovação do adiamento do Brexit. Na quarta-feira, o presidente do Conselho, Donald Tusk, advertiu que o adiamento era possível desde que um acordo fosse aprovado no Parlamento britânico.

Pressionada

Theresa May admitiu que o Reino Unido não deixará a União Europeia dentro do prazo antes estabelecido, no próximo dia 29, e que este atraso no prazo é um "grande pesar pessoal".

Em pronunciamento na TV, ela pressionou o Parlamento a votar por um acordo com urgência para que o país não deixe o bloco em um Brexit não negociado, que seria prejudicial a diversos setores.

"Eu cheguei ao cargo com a promessa de entregar o resultado do referendo", disse a premiê, que atribuiu ao Parlamento a culpa por, dois anos depois, não ter conseguido cumprir sua missão. "Como resultado, não seremos capazes de sair no tempo determinado".

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