O Maranhão amarga as piores colocações no Brasil em índices sociais e econômicos. Mais de 50% dos cidadãos estão abaixo da linha da extrema pobreza, ganhando até R$ 400,00 mensais. Mesmo assim, o Governo do Estado mantém a maior estrutura de secretarias, autarquias e empresas públicas do Brasil. São 37 secretarias e agências e mais de 15 autarquias e empresas públicas, cujos gestores têm status de secretário, a exemplo do comandante-geral da Polícia Militar, chefe do Cerimonial e diretora-geral do Detran.
Uma estrutura agigantada dessa forma só pode resultar em gastos gigantes. E tudo isso é mantido pelo contribuinte, que amargou nos últimos quatro anos três aumentos de impostos.
E, apesar de ser um árduo defensor de taxar as grandes fortunas no Brasil, o governador Flávio Dino (PCdoB) não teve a mesma postura ao decidir pelos reajustes de alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS), considerado um dos mais injustos dos impostos, já que chega para todos os cidadãos da mesma forma.
Então, para manter uma estrutura tão inchada, Flávio Dino aumentou o ICMS da gasolina, energia elétrica, diesel - que mexe com toda a cadeia de produção que vai desde um simples bombom até a cesta básica, devido à necessidade do transporte.
Com isso, o governador do Maranhão acaba penalizando os mais pobres. Se há aumento de produtos como pão, feijão e arroz, por exemplo, pesará mais para quem ganha menos, já que o valor do pão pago por um contribuinte rico é igual ao pago pelo contribuinte que faz parte da parcela dos 54% dos maranhenses que vivem na extrema pobreza.
Não há outro termo mais adequado que crueldade. Para atender a seus aliados políticos, Dino aumentou a estrutura de sua administração às custas dos mais pobres.
Governo dos amigos
Flávio Dino deixou claro, ao empossar pela primeira vez os seus novos secretários, que estava fazendo o jogo político de distribuição de cargos.
Segundo ele, o seu governo seria compartilhado com seus aliados. E para isso, Dino teve até de desfazer a fusão das secretarias de Cultura e Turismo e criar mais três.
Além disso, o jogo político que passa pela estrutura pública mira as eleições de 2020 e 2022. Haja bolso para o maranhense conseguir manter tudo isso.
Repetir
E se repetir o que fez em seu primeiro mandato, o governador Flávio Dino deverá oferecer muito mais aos seus aliados.
O comunista poderá reeditar ações de seu governo que foram cruéis para o cidadão como o “aluguel camarada”, a “farra de capelães” ou o “mais impostos”.
Se com a intenção de se reeleger o comunista abriu as portas para seus aliados, com a intenção de ser candidato a presidente tudo poderá ficar pior.
Caiu
O muro da sede da Secretaria de Estado de Saúde (SES), no Jaracati, caiu no fim da tarde da última sexta-feira, 15.
Esse é o segundo desabamento registrado este ano em imóveis sob a responsabilidade do Estado. O primeiro foi o teto do Ginásio Castelinho.
Ao que parece, por quatro anos, não houve preocupação com a manutenção desses dois locais. Mas, com os prédios alugados, teve mais de R$ 1 milhão para reforma ou então teve aluguel pago, mesmo sem ser ocupado pela gestão.
Sem resposta
O Estado solicitou informações ao governo estadual a respeito da estrutura de pessoal que a gestão Flávio Dino dispõe atualmente.
Foi questionado sobre o número de servidores públicos efetivos, quantidade de comissionados, número de contratados.
Até o fechamento da edição, a Secretaria Estadual de Comunicação e Articulação Política (Secap), comandada por Rodrigo Lago, que defende a transparência sempre, não enviou qualquer resposta.
Não assinou
O senador Weverton Rocha (PDT) foi o único da bancada do Maranhão no Senado que decidiu não assinar o pedido de abertura da CPI da Toga.
Assinaram Roberto Rocha (PSDB) e Eliziane Gama (PPS). Segundo o tucano, ele assinou porque é necessário que o Poder Judiciário também seja investigado como foram o Executivo e o Legislativo.
Já o pedetista, entende que o Congresso deve se concentrar em outros assuntos, como a reforma da Previdência. Segundo Weverton Rocha, não é hora do Senado “agradar à plateia” com uma CPI.
Outra razão
Já os adversários de Weverton Rocha interpretam a não assinatura do senador como uma forma de não desagradar os membros dos tribunais superiores.
O motivo é que Weverton já tem processos que tramitam tanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto no Supremo Tribunal Federal (STF).
Se a razão for essa mesmo, o pedetista demonstra que as ações podem resultar em problemas reais para ele, que sonha em ser governador em 2022.
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DE OLHO
R$ 10 mil é o valor do salário de secretário de Estado no Maranhão. Além do vencimento, os gestores têm direito a diárias e jetons por participação em conselhos no governo, a exemplo do conselhão.
E MAIS
• O Procon do Maranhão, comandado por Karen Barros, namorada do deputado Duarte Júnior (PCdoB), fez propaganda do parlamentar em vídeo institucional do órgão.
• Barros não levou em consideração que Duarte Júnior é processado pelo Ministério Público Eleitoral por uso indevido do Procon para se promover eleitoralmente.
• O secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, foi à Câmara apresentar os números do último quadrimestre de 2018. Os vereadores apertaram o gestor, mas acabaram sem todas as respostas.
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