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Russia e Estados Unidos se mostram interessados em negociar a crime na Venezuela
MOSCOU - A Rússia está pronta para tomar parte em negociações bilaterais com os Estados Unidos sobre a questão da Venezuela, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia a seu colega norte-americano, neste fim de semana.
A situação na Venezuela foi o principal tópico de uma ligação telefônica entre o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov e o secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo, que ocorreu no dia 2 de março, disse o ministério russo em seu site.
“Em conexão com a proposta de Washington de realizar consultas bilaterais sobre o assunto da Venezuela, ficou posto que a Rússia está pronta para participar disso”, disse o Ministério em comunicado.
“É vital (esta discussão) ser estritamente guiada pelos princípios da Carta das Nações Unidas, uma vez que apenas o povo venezuelano tem o direito de determinar seu futuro”, disse o comunicado.
A Rússia e os Estados Unidos têm estado em desacordo sobre uma campanha liderada pelos EUA pelo reconhecimento internacional de Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana que se autodeclarou chefe de estado interino, sobre o presidente Nicolás Maduro.
Na ligação telefônica, iniciada pelos EUA, Lavrov condenou as ameaças que Washington fez em direção à “liderança legítima do país”, disse o ministro referindo-se a Maduro.
A presidente da Câmara Alta do Parlamento, Valentina Matvienko, advertiu, no entanto, que a Rússia fará todo o possível para evitar uma intervenção militar americana na Venezuela.
De acordo com a agência de notícias estatal Tass, Matvienko diss a vice-presidente da Venezuela Delcy Rodriguez, que está em visita a Moscou, que existe muita preocupação que “os EUA levem adiante provocações para encontrar uma justificativa para uma intervenção. “Mas faremos todo o possível para evitar isso”, afirmou Matvienko, que é aliada muito próxima do presidente russo, Vladimir Putin.
Mais cedo no mês, os Estados Unidos impuseram novas sanções a seis autoridades de segurança da Venezuela e revogaram os vistos de dezenas de associações e seus familiares com laços a Maduro, na última medida para fazer mais pressão para que Maduro renuncie.
Lavrov e Pompeo também concordaram em continuar as negociações no nível de expertise sobre Síria, Afeganistão e a península coreana.
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