Um ditado popular é bem conhecido: “Antiguidade é posto”. Ou seja, para quem chega, o ideal é respeitar quem já estava. Mas não foi isso que ocorreu na sessão de ontem, na Assembleia Legislativa. O deputado César Pires (PV), que tem em seu currículo cinco mandatos de deputado estadual e, antes disto, secretário de Estado e reitor da Uema, participou de uma cena desnecessária, causada pelo empolgado e pouco preparado Duarte Júnior (PCdoB).
Com menos de uma semana como deputado, Hildelis Duarte Júnior se ofendeu com o discurso feito por Pires a respeito da postura que os deputados – reeleitos e novatos – deveriam ter em relação à sociedade. César alertava que os parlamentares deveriam pensar mais na população e menos no governo.
Duarte Júnior se incomodou e decidiu mostrar sua superficialidade argumentativa, que se baseia em achismos e na síndrome de super-herói dos quadrinhos em frases postas sempre na primeira pessoa do singular, “eu sou”, eu posso”, “eu não permitirei”, “eu farei”.
No fim de tudo, o debate desnecessário serviu somente para que Duarte Júnior mostrasse qual será sua postura na Assembleia Legislativa pelos próximos quatro anos (se ele conseguir cumprir, já que há uma ação do Ministério Público Eleitoral contra ele por abuso de poder político e de comunicação).
Quanto a César Pires, a experiência, o conhecimento e o currículo do próprio Duarte facilitaram para que o deputado do PV respondesse em um nível bem superior.
Que o episódio de ontem possa ajudar o empolgado deputado novato a entender que antiguidade é posto e isso precisa ser respeitado.
Apoios
César Pires recebeu o apoio dos colegas de parlamento. Tantos os deputados da oposição quanto dos deputados governistas se colocaram a favor dele.
Nos bastidores, parlamentares chamaram Pires e o cumprimentaram pela postura na tribuna. Os governistas se solidarizaram com ele devido às acusações feitas pelo deputado do PCdoB.
A favor de Duarte? Somente ele mesmo, que espalhou vídeo em um aplicativo de mensagem e nas redes sociais para tentar “ganhar” a discussão.
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O governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou o que já era esperado: Marcelo Tavares (PSB) volta a ser seu secretário-chefe da Casa Civil.
Tavares retorna ao cargo que desempenha desde 2015 – saiu somente de abril a novembro do ano passado para disputar as eleições – e abre espaço para o suplente de deputado, Edivaldo Holanda (PTC).
O comunista deverá anunciar nos próximos dias outros membros da sua gestão. São cotados para assumir cargo no primeiro escalão o ex-deputado Rogério Cafeteira e também o deputado Rubens Júnior (PCdoB).
Mais um candidato
O quase imperceptível deputado estadual Neto Evangelista (DEM) decidiu também colocar seu nome como um eventual candidato à Prefeitura de São Luís.
Ele já foi até candidato a vice-prefeito, em 2012, ao lado do então prefeito João Castelo. Naquele ano, Evangelista perdeu e depois disso decidiu pular para o lado de seu algoz, Flávio Dino, representado no pleito por Edivaldo Júnior.
O deputado é o mesmo que por ser secretário de Dino preferiu se esconder para não ter de enfrentar a situação de ter a sogra, Maura Jorge, como adversária do chefe no pleito do ano passado.
Proposta
Foi proposto na Câmara Municipal de São Luís a oficialização de emenda de bancada. A proposta é do vereador Honorato Fernandes (PT).
A ideia é que os vereadores se unam para que direcionem uma emenda para áreas mais sensíveis como Saúde e Educação.
Segundo o petista, este seria mais um avanço do Legislativo Municipal, que ano passado conseguiu aprovar o orçamento impositivo, que obriga o Poder Executivo a liberar as emendas parlamentares.
Maria do Amparo
Ainda sobre a Câmara, os vereadores foram à tribuna ontem para se manifestar a respeito do fim do atendimento na Maternidade Maria do Amparo.
Por atender moradores de bairros como Anil e as áreas vizinhas, os parlamentares pediram que tanto o governo estadual quanto a Prefeitura de São Luís se unam para que a maternidade volte a funcionar.
A Maria do Amparo fechou após a suspensão de profissionais como anestesistas e pediatras cedidos pelo governo estadual para atendimento na maternidade.
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Bicicleta
O deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) poderia deixar de usar a verba indenizatória para pagar seu transporte.
Agora, o tucano adotou uma prática mais saudável e mais sustentável também. Ele vai de bicicleta para a Assembleia Legislativa. Pelo menos foi ontem.
O parlamentar poderia sugerir aos colegas a mesma prática. Quem sabe dessa forma o dinheiro público disponibilizado para bancar o transporte dos deputados poderia ser poupado.
DE OLHO
R$ 40 milhões é o valor que o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou na obra de duplicação do segundo trecho da BR-135 com problemas em sua aplicação. Devido a isto, suspendeu os serviços
E MAIS
• O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) já retomou suas atividades, e os deputados com mandato contestado já estão de olho nas pautas da Corte Eleitoral.
• O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) fez circular a informação de que ele foi o primeiro parlamentar a se inscrever para discursar na Câmara dos Deputados.
• Será que com essa informação o comunista conseguiu mudar a economia do país e acabar com a pobreza?
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