Em reunião de trabalho realizada nesta quarta-feira, 6, na Câmara Municipal de São Luís, o vereador Osmar Filho (PDT), presidente da Casa, determinou a criação de uma comissão para acompanhar a situação da Maternidade Maria do Amparo, localizada no bairro do Anil, e que encerrou atividades por falta de verba.
O grupo – formado por vereadores; servidores e membros da direção da Maternidade -- terá como principal objetivo trabalhar e elaborar propostas visando garantir, junto à Prefeitura de São Luís, a reabertura da unidade de saúde e a manutenção do seu pleno funcionamento.
A realização da reunião foi proposta pelo vereador Gutemberg Araújo (PRTB).
“Esta Casa abraçou a causa e já estamos dando os encaminhamentos necessários, sem medir esforços para que a Maternidade seja reaberta, voltando a atender toda a população de São Luís”, disse Osmar Filho.
“Esta é uma causa tão grande, que não pode ser de uma pessoa só. Por isto trouxe esta discussão para a Casa”, pontuou Dr. Gutemberg.
A comissão vai acompanhar as negociações entre a unidade de saúde e a Prefeitura de São Luís. A gestão municipal já apresentou uma proposta que já vem sendo analisada pela direção da maternidade.
Uma reunião com o secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, acontecerá ainda esta semana para que a proposta da Prefeitura seja debatida.
Gutemberg informou, ainda, que na próxima segunda-feira, 11, será realizada a primeira reunião da comissão de acompanhamento para que uma reavaliação das negociações sejam feitas.
“Após dialogo com representantes da Maternidade e da Prefeitura, faremos uma reavaliação da situação. Tenho certeza que, em curtíssimo prazo, a Maternidade será reaberta para a satisfação dos usuários”, completou.
Situação
Funcionando há 37 anos, a Maternidade Maria do Amparo é filantrópica, conveniada com o SUS e atende cerca de 11% dos partos realizados em São Luís.
“Infelizmente estamos passando por dificuldades financeiras, que não é uma exclusividade da Maternidade Maria do Amparo. É uma dificuldade do Sistema Único de Saúde. Nacionalmente as entidades filantrópicas estão passando por isto, com déficits altíssimos que inviabilizam o seu funcionamento”, esclareceu o médico Egídio Ribeiro, que já foi diretor da instituição e um dos seus fundadores.
Os valores repassados pela tabela do SUS estão defasados há muitos anos e eles não correspondem com as despesas com medicamentos, profissionais, insumos, roupas.
“A maternidade tem um custo de R$ 280 mil e o faturamento total, incluindo material, maternidade e ambulatórios é no total de R$ 220 mil. A gente já tem um déficit de R$ 60 mil mensais, isso sem contar com os profissionais que dão plantão aqui e é completamente inviável para nós bancarmos esses profissionais com esses valores repassados pela tabela do SUS”, explicou.
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