As cenas fortes de um paciente sendo levando pelas ruas do centro de São Luís em uma maca por parentes em desespero por falta de atendimento médico mostram o caos da Saúde pública no Maranhão, cujos reflexos causam dramas como o da família de Urbano Santos.
E não é possível reduzir o problema à falta de uma assistência em um hospital de São Luís. O problema é muito mais grave e a capital maranhense vem recebendo a conta, que vem sendo paga, às vezes, com vidas de quem precisa de assistência médica.
Com dois hospitais de urgência e emergência, São Luís - há quatro anos - voltou a ser o “porto seguro” de pacientes do interior do estado, que não
tem mais hospitais de 20 leitos funcionando para atender
às demandas.
Com a política de distribuição de ambulâncias pelo governo de Flávio dino (PCdoB) - foram mais de 60 somente nos primeiros quatro anos -, fechamento de unidades hospitalares no interior por falta de ajuda da gestão estadual, sucateamento de UPAs e, claro, a falta de investimentos adequados dos prefeitos do interior, a situação em São Luís vem se agravando.
Com corredores lotados, o secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, informou à Justiça - que acionou o Município devido à superlotação do Socorrão I e II - que a maioria dos pacientes internada nas unidades de urgência e emergência não são de São Luís.
E o governo do estado? Por enquanto, calado diante do caos na saúde da capital. A Prefeitura comandada por Edivaldo Júnior (PDT) não pode reclamar em voz alta de toda a situação causada pelo descaso do governo Dino por ser aliado do comunista. E, no meio disto tudo, vidas sendo perdidas.
Calado
Enquanto o caos na saúde é mostrado em rede nacional, o governador Flávio Dino (PCdoB) usa suas redes socais apenas para falar do encontro que teve em Brasília com o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguéz.
O comunista disse que falou dos programas de seu governo na área da Educação e pediu urgência na conclusão das obras de construção de creches.
Sobre a saúde? Flávio Dino fez o que faz sempre quando a situação lhe é desfavorável: calou-se e fazendo de conta de que nada está acontecendo.
Reajuste
E depois de muita pressão de empresários, a Prefeitura de São Luís não conseguiu mais segurar o reajuste das tarifas do transporte público.
Apesar do ano-base para aumento de passagem ser em setembro, a gestão de Edivaldo Júnior teve que permitir o reajuste.
As tarifas ficarão mais cara R$ 0,30 nas linhas integradas e R$ 0,05 nas linhas não integradas. O reajuste passa a valer já na madrugada de amanhã.
Cálculo
A Prefeitura alega que fez o cálculo de reajuste baseado no que está previsto na lei de licitação dos transportes. No entanto, os empresários chegaram a pedir até R$ 0,80 de aumento nas tarifas.
Ainda segundo a gestão municipal, o reajuste foi autorizado somente após a constatação de que as metas estabelecidas em contratos com as empresas foram cumpridas.
A gestão de Edivaldo Júnior garante ainda que, mesmo com o aumento, as passagens do transporte público de São Luís continuam sendo as mais baixas do país.
Defesa
O senador Roberto Rocha (PSDB) decidiu defender o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no episódio que envolve o filho, senador eleito Flávio Bolsonaro.
Segundo o tucano, aliados e adversários querem que o presidente abandone o filho para não ter problemas em sua gestão.
Para o senador maranhense, isto é um erro, já que, como pai, Bolsonaro deveria trabalhar com a presunção de inocência do filho até a última instância.
Informações
Mesmo com todo o discurso de transparência do governo de Flávio Dino, o deputado estadual César Pires (PV) precisou pedir por meio de ofícios informações sobre incentivos fiscais a empresas.
Segundo Pires, a intenção é buscar na Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) informações que esclareçam dúvidas sobre as leis de incentivos fiscais no Maranhão.
Resta saber se o titular da Sefaz, Marcellus Ribeiro, permitirá o envio das informações que o deputado do PV precisa.
Viabilidade
O presidente da Câmara de Vereadores de São Luís, Osmar Filho, é visto pelo presidente estadual do PDT, Weverton Rocha, com condições plenas de disputar a Prefeitura de São Luís em 2020.
Segundo Rocha, as votações de Osmar na capital sempre foram expressivas e isto garante que ele busque a sua viabilidade política para ser o candidato do partido na sucessão municipal.
Osmar Filho, por enquanto, prefere não tratar do assunto. Ele garante que neste momento está voltado para os trabalhos que envolvem a presidência da Câmara.
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DE OLHO
R$ 2,8 bilhões é o valor que deverá ser destinado para a Previdência Social, em 2019, no governo estadual. Valor está previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada pela Assembleia Legislativa.
E MAIS
• Petistas do Maranhão recebem hoje o ex-ministro Ricardo Berzoini, que falará aos membros do partido que pertencem à ala “Articulação” sobre a conjuntura política nacional.
• Além disso, o encontro da Articulação, que vai até amanhã, tratará das estratégias iniciais para as eleições municipais de 2020.
• Do grupo da Articulação do PT do Maranhão há o vereador Honorato Fernandes, que é presidente municipal e deverá comandar o processo eleitoral do partido em São Luís.
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