Um fato chamou especial atenção de fornecedores do Governo do Maranhão na entrevista que concedeu o governador Flávio Dino (PCdoB) à Folha de S. Paulo, publicada na segunda-feira, 7.
Em determinado ponto, o comunista admite "algum atraso de fornecedores, mas nada alarmante".
Após uma rápida pesquisa no Portal da Transparência do Maranhão, percebe-se que o conceito de "alarmante" do governador maranhense pode não ser o mesmo do homem médio - muito menos dos fornecedores com faturas em atraso.
Segundo dados oficiais, a atual gestão estadual entrou o ano de 2018 com mais de R$ 807 milhões de restos a pagar - ou seja, débitos não quitados do ano anterior -, quase R$ 200 milhões a mais que os R$ 624 milhões de 2017.
São valores que só aumentam ano a ano. Por isso, hoje estão nas alturas.
Em 2015, assim que assumiu o governo, Dino recebeu o Estado com restos a pagar da ordem de R$ 289 milhões. Quatro anos depois, o valor do “calote” em fornecedores praticamente triplicou.
Mas não é “nada alarmante”.
Aguardemos os dados de 2019, que estarão disponíveis para consulta pública em breve.
Incomodou
O prestígio do ex-presidente José Sarney (MDB) voltou a incomodar comunistas maranhenses nesta semana. Tudo por conta de uma visita do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Na segunda-feira, após um almoço com a bancada maranhense - em busca de votos -, o democrata foi direto para um encontro na casa do ex-presidente.
Foi o bastante para tirar os aliados do governador Flávio Dino dos eixos.
Guerra I
O vereador Chico Carvalho, ainda presidente estadual do PSL, resolveu declarar guerra ao colega de partido Allan Garcês.
O médico já disse que pretende disputar a Prefeitura de São Luís em 2020, mas foi solenemente ignorado por Carvalho em reunião partidária realizada no fim de semana.
Na ocasião, o vereador anunciou dois pré-candidatos do partido para a disputa na capital: Samoel de Itapecuru e o apóstolo Sílvio Antônio.
Guerra II
Em resposta nas redes sociais, Allan Garcês não admitiu que haja qualquer clima de “guerra” entre ele e Chico Carvalho.
Mas voltou a reafirmar que segue pré-candidato a prefeito. E mais: disse que seu projeto é fruto “de um forte apelo popular da Direita”.
- Aguardaremos as convenções que ocorrerão em 2020 - declarou.
Casa de ferreiro…
O advogado Abdon Marinho, em extenso artigo, comentou o caso da denúncia de nepotismo envolvendo o procurador-geral de Justiça do Maranhão, Luiz Gonzaga Martins Coelho.
O chefe do MPMA foi flagrado após haver nomeado a esposa de um sobrinho para cargo em comissão no órgão. Após a revelação, ela pediu para ser exonerada. Gonzaga não se manifestou sobre o caso.
- Sem uma resposta oficial ou atitudes e medidas convincentes, a qualquer um será lícito dizer: “Casa de ferreiro, espeto de pau” - destacou o advogado.
Reeleição
Aliados do prefeito de Tuntum, Cleomar Tema (PSB), já falam com mais tranquilidade sobre sua reeleição como presidente da Famem.
Depois de uma forte ofensiva do prefeito de Igarapé Grande, Erlânio Xavier (PDT) - quando se falou até em desistência de Tema -, o socialista recobrou as forças e intensificou sua campanha.
Agora, os mais próximos dele já falam com mais entusiasmo em vitória, caso haja necessidade de disputa. Embora ainda acreditam que um consenso seja o ideal para os prefeitos.
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DE OLHO
R$ 807 milhões
foi o total de gastos contratados em 2017, mas não pagos pelo governo Flávio Dino, que viraram restos a pagar em 2018. Os valores de 2018 para 2019 ainda serão divulgados.
Incomodado
Por falar em Flávio Dino, nem mesmo de férias ele deixa de tentar polarizar com o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Em entrevista à Folha de S. Paulo, reclamou da postura beligerante do chefe do Executivo federal - que não perde uma oportunidade de alfinetar adversários nas redes sociais.
A reclamação de Dino foi quase um autorretrato: há quatro anos, o comunista não deixa as redes sociais, sempre provocando e tentando ridicularizar quem lhe faz oposição.
E MAIS
• O Instituto Trata Brasil diz que o Maranhão é o 6º pior estado do Brasil em coleta de esgoto.
• Segundo a entidade, por aqui são recolhidos apenas 12% do que é produzido, sendo somente 13% tratados.
• Já há no PSDB quem defenda a ideia de que o senador Roberto Rocha seja o candidato do partido à Prefeitura de São Luís em 2020.
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