INFRAESTRUTURA

Sem abrigo, usuários de ônibus ficam à mercê de sol e chuva em São Luís

Paradas das ruas do Outeiro e Rio Branco não oferecem nenhuma estrutura; usuários reclamam e pedem que o problema seja solucionado urgentemente

IGOR LINHARES / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

[e-s001]Os usuários do transpor­te coletivo público de São Luís têm passado por uma situação complicada desde que as paradas antes fixadas na Praça Deodoro tiveram que ser realocadas para as ruas do Outeiro e Rio Branco, após início de obra de requalificação do complexo. A expectativa dos usuários era de que quando o complexo fosse reinaugurado – fato que aconteceu no dia 22 de dezembro do ano passado –, as paradas voltassem para o espaço, o que não aconteceu. Com sol, chuva e sem estrutura adequada que abrigue os usuários, reclamações tornaram-se ainda mais frequentes.

Na manhã de ontem (7), O Estado percorreu as duas vias do centro de São Luís, por onde circulam os ônibus, e verificou as condições às quais os usuários têm de se submeter para evitar se expor ao sol, já que as chuvas de verão se anunciaram, mas o tem­po permanece instável. Porém, o receio para quando as chuvas chegarem definitivamente só aumenta, pois só o guarda-chuva não garantirá proteção.

Segundo a dona de casa Albenis Lisboa, 53, as obras de requalificação resultaram em um excelente espaço de lazer para a população, mas os usuários do transporte público foram desfavorecidos com a retirada das paradas de ônibus da praça, à mesma medida que realocadas para outros pontos sem abrigos que expõem os usuários ao sol e à chuva.

“As obras deram certo, a praça ficou muito boa. Mas essa situação para a gente, que precisa do transporte público, não é nada legal. Quando se tem sombrinha, muito bem. Quando não, a gente não pode fazer nada. A Prefeitura tem de resolver essa situação, pois a gente não pode ficar assim”, ressaltou Lisboa.

[e-s001]Na Rua do Outeiro, que reúne, atualmente, as três paradas que antes eram fixadas na Rua do Passeio – que também não oferecia estrutura que abrigasse os usuários dos imprevistos do tempo –, usuários tentam fugir do sol atrás das sombras de postes ou sob toldos e marquises de estabelecimentos instalados no local. Já na Rua Rio Branco, que recebeu, além de suas duas paradas permanentes (uma com estrutura e outra sem), mais cinco paradas para completar o conjunto de seis pontos de espera, antes instalados na Alameda Silva Maia.

Para a artesã Fernanda Olivei­ra, 31, o local onde as paradas hoje estão instaladas não são adequados, e o Município tem de resolver o problema logo. “Eu acho que a Prefeitura deve colocar as paradas no lugar de antes, porque a situação só piorou. Tenho escutado comentários de que elas vão continuar no mesmo local que estão agora [nas ruas do Outeiro e Rio Branco], mas, se for para ser assim, nós usuários te­mos de ter o mínimo de estrutura”, destacou.

Em vista do problema, O Estado manteve contato com a prefeitura de São Luís para indagar sobre quais medidas estão sendo tomadas para resolver a situação, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.

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