Estado Maior

Hora de trabalhar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Passadas as festas de fim de ano e iniciado um novo ciclo com a chegada de 2019, o maranhense guarda expectativas em relação ao segundo mandato do governador Flávio Dino (PCdoB).
Empossado ontem, o comunista repetiu o que já havia feito no dia 1º de janeiro de 2015, quando iniciou o primeiro mandato, e assinou decreto com a instituição de medidas e programas sociais, sobretudo no setor da Educação.
Foram promessas de que o Maranhão vai, enfim, alavancar e promover justiça social, desenvolvimento econômico e financeiro, bem-estar para a população, segurança, saúde e promoção de emprego e renda.
Tudo isso, aliás, já havia sido prometido lá atrás, há quatro anos, ocasião em que da sacada do Palácio dos Leões, Dino “proclamou a república do Maranhão”.
No discurso, o Maranhão vai bem obrigado.
Na prática, passou a liderar o ranking de extrema pobreza no país, submeteu mais da metade da população à situação de pobreza, assistiu à queda do Produto Interno Bruto (PIB), não conseguiu evitar o fechamento de inúmeras empresas em todo o território estadual, e promoveu o sucateamento de unidades de saúde da rede estadual.
Portanto, é necessário que se inicie o trabalho.
De discurso, o maranhense está cheio…

Decreto
A exemplo do que fez em 2015, na ocasião da posse para o primeiro mandato, o governador Flávio Dino assinou decreto com medidas e novos programas.
Um destes programas foi o “Pacto pela Aprendizagem”, que consiste em uma parceria com os municípios em favor das escolas.
Dino prometeu melhorar materiais didáticos, formação de professores e o transporte escolar.

Unidade
O vereador Osmar Filho, empossado presidente da Câmara Municipal, na manhã de ontem, assumiu o posto com o discurso de unidade na Casa.
Ele também pregou respeito entre os Poderes Constituídos e um trabalho voltado para o diálogo com a sociedade.
Osmar fica no comando do Legislativo Municipal durante o biênio 2019-2020.

Protagonismo
Deputados federais do bloco de oposição a Flávio Dino assumirão papel de protagonismo em Brasília na articulação com Bolsonaro pela busca de recursos para o Maranhão.
Isso se dá pela falta de interesse do comunista em dialogar com o presidente da República. Dino já demonstrou em várias ocasiões não estar interessado na parceria institucional.
No mês de dezembro do ano passado, em encontro com o deputado federal eleito Edilázio Júnior, Bolsonaro disse que independentemente da postura do comunista, não vai penalizar a população maranhense.

Criticou
Flávio Dino aproveitou justamente ontem, o dia da posse do presidente Jair Bolsonaro, para criticar a medida que facilitará a posse de arma para quem não tem antecedentes criminais.
Para ele, há um lobby da indústria das armas, já com grande atuação nos Estados Unidos e que “inspira” eventual mudança na legislação brasileira.
“O objetivo é vender mais armas, não melhorar a segurança da população. Mais um exemplo da atual submissão do Brasil aos Estados Unidos”, criticou.

Em fevereiro
Durante a entrevista coletiva realizada ontem na Assembleia Legislativa, o governador Flávio Dino admitiu que fará mudanças em sua equipe de trabalho.
Ele afirmou, contudo, que serão poucas as modificações. O objetivo é manter a maior parte do secretariado.
As mudanças, segundo o comunista, serão anunciadas somente em fevereiro, depois de discussão com partidos políticos que o apoiaram na eleição de 2018.

Liderança
O deputado Rafael Leitoa é quem assumirá a liderança de Governo na Assembleia Legislativa.
Já o deputado Marco Aurélio, que havia sido cotado para o posto, dará suporte ao bloco governista da Casa como um dos principais articuladores.
A exemplo do que ocorreu em 2015, Dino terá ampla maioria no Legislativo.

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DE OLHO
R$ 52.028.649,00
é o valor
de crédito suplementar aberto por Flávio Dino em favor de diversas unidades orçamentárias no fim do seu primeiro mandato

Temerosos
Lideranças do governo Flávio Dino, contudo, temem pelos parlamentares novatos que já sugerem atuar numa espécie de independência na Casa.
É o caso do deputado eleito Duarte Júnior, que não quer ficar com a imagem arranhada em votações não populares, a exemplo de aumento de impostos ou cortes de benefícios a servidores públicos.
Para os remanescentes de 2015, Dino terá de ter jogo de cintura para ‘enquadrar’ os novatos.

E MAIS

• Flávio Dino encerrou o seu primeiro mandato com o aumento da dívida pública do Maranhão junto ao Tesouro Nacional.

• Edivaldo Holanda Júnior deve ter maior diálogo com a Câmara na gestão de Osmar Filho.

• A prisão do vice-prefeito de Davinópolis e que estava no comando do município, José Rubem Firmo, pela morte do prefeito Ivanildo Paiva abalou o meio político.

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