Alerta

Cerca de 120 casas no Sá Viana estão em risco por causa das chuvas

Casas da Rua Thomaz de Aquino foram construídas na encosta de um morro, com possibilidade de erosão por causa das chuvas que atingem a capital

Emmanuel Azevedo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

[e-s001]Após o temporal que atingiu São Luís na quinta-feira, 29 de novembro, mais de 60 áreas da capital se encontram em situação de risco. Na segunda-feira, 3, a Defesa Civil esteve no bairro do Sá Viana, em São Luís, e percorreu algumas vias, fazendo breve vistoria e conversando com moradores.

A Rua São Geraldo alagou com as chuvas da última semana, causando perda material para alguns moradores. Eles afirmaram que uma equipe de oito pessoas da Defesa Civil fez apenas conscientização verbal com os residentes, além de distribuir panfletos com informações sobre o que fazer antes, durante ou depois de fortes chuvas em áreas de risco.

Já na Rua Thomaz de Aquino, popularmente conhecida como Rua Thomazinho, O Estado identificou pelo menos 120 imóveis em situação de risco. As casas foram construídas na encosta de um mor­ro que apresenta área com pouca vegetação e grande possibilidade de erosão. A Defesa Civil também esteve e no local, mas não fez nenhum contato com os moradores da via, durante a permanência de O Estado no local, na última segunda-feira.

Segundo a superintendente de Defesa Civil Municipal, Elitânia Barros, o que aconteceu na Rua São Geraldo é algo normal, pois a área já é constatada como de risco de alagamentos. “O que aconteceu lá pode acontecer em qualquer outra área da cidade. Agora, o nosso trabalho é conversar e conscientizar sobre os danos materiais que os moradores podem ter”, complementou. Sobre a situação da Rua Thomazinho, a superintendente apenas confirmou que os fundos de algumas casas podem ser afetados, caso as chuvas na região sejam mais fortes do que ocorreu na quinta-feira, 29.

[e-s001]Risco
Em relatório divulgado pela Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), em janeiro deste ano, 60 áreas de São Luís têm corrente risco de alagamentos, desmoronamento, aluimento, entre outros. O levantamento para o ano de 2018 deve ser entregue apenas no fim de dezembro, quando os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) serão reavaliados pela Semusc e Defesa Civil. A expectativa é de que após os casos registrados no fim deste ano, o número de áreas de rico aumente.

O Estado entrou em contato com o Município, questionando o número de atendimentos realizados pela Defesa Civil desde o dia do temporal. Até o fechamento desta edição, no entanto, nenhuma resposta foi dada.
Segundo Heryco Coqueiro, secretário do gabinete da Semusc, 10 notificações foram enviadas à secretaria. Não foi informado, ao cer­to, quantas tiveram atendimento por parte do órgão.

[e-s001]Durante a tarde da segunda-feira (3), a Prefeitura de São Luís afirmou, por meio de reportagem divulgada em suas redes, que diversos pontos da cidade estão passando por intensificado trabalho de drenagem, para facilitar o escoamento de água nas ruas e evitar maiores chances de alagamento. Trechos da Avenida Brasil, na Divineia, e nas ruas Macaúbas e Ipês, no Renascença, estão sendo contemplados. O bairro do Sá Viana, onde há maiores chances de risco por conta das chuvas, não está sendo contemplado com os trabalhos.

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