Favorecido por uma decisão da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís que proíbe a paralisação dos médicos da Rede Estadual de Saúde, o governador Flávio Dino (PCdoB) decidiu manter a sua postura de total falta de diálogo com a classe no Maranhão.
O CRM havia anunciado a paralisação no início da semana passada, com a justificativa de que o Governo do Estado não cumpriu um acordo que previa o pagamento de salários atrasados desde o mês de setembro.
Na ocasião do anúncio, o presidente do CRM, Abdon Murad, destacou que a categoria ainda esperava por um posicionamento do Governo ou uma nova negociação entre as partes.
Mas, o governador Flávio Dino decidiu não ceder às pressões.
Por meio da Procuradoria do Estado, o comunista ingressou com uma ação na Justiça com pedido de censura ao movimento grevista.
E obteve êxito.
A decisão do juiz Douglas de Melo Martins proíbe qualquer paralisação no setor de saúde do Estado. Os médicos, portanto, serão obrigados - mesmo com salários atrasados e sem acesso ao Palácio dos Leões para uma negociação - a cumprir as escalas regulares de trabalho.
O “Diálogos pelo Maranhão”, que teve até uma edição especial na ocasião da campanha comunista com os profissionais da medicina, ficou para trás.
Com Dino, vai ser nas barras da Justiça mesmo.
Censura
A proibição de realização de greve para os profissionais da Saúde tem por base uma decisão do juiz Douglas de Melo Martins.
O magistrado acolheu uma ação com pedido de tutela de urgência ingressada pelo Estado do Maranhão.
Os médicos pretendiam iniciar uma paralisação amanhã [dia 4], em todas as unidades de saúde da rede estadual.
Contestou
O advogado Carlos Sérgio Carvalho Barros, que representa o governador Flávio Dino no âmbito eleitoral, contestou o parecer técnico conclusivo do TRE, que recomenda a rejeição das contas de campanha do comunista.
Na nota, ele afirma que todas as inconsistências apontadas foram “elucidadas” em manifestação protocolada no dia 28 de novembro.
Barros afirma que o parecer conclusivo do setor técnico do tribunal “ignorou as explicações”.
Equívocos
De acordo com o advogado Carlos Sérgio, as inconsistências relativas a supostas omissões de despesas são resultantes de equívocos de terceiros ou de fornecedores na emissão de notas fiscais.
“Em geral, tratam-se de bens, insumos e serviços subcontratados por fornecedores de campanha, e que, equivocadamente, emitiram notas fiscais em nome da própria campanha para despesas quitadas diretamente aos fornecedores contratados”, explicou.
O advogado finalizou a nota com a afirmação de que confia que as justificativas apresentadas serão devidamente apreciadas e acatadas por ocasião do julgamento das contas no TRE.
Visita
O presidente da República, Michel Temer (MDB) deverá vir ao Maranhão antes de concluir o seu mandato.
Ele deverá participar da reinauguração das praças Deodoro e Pantheon e das alamedas Gomes de Castro e Silva Maia, que compõem o Complexo Deodoro e que serão entregues pelo Iphan e pela Prefeitura de São Luís, no dia 18 deste mês.
O emedebista, contudo, ainda não confirmou presença.
Alteração
A Prefeitura de São Luís alterou o trânsito no trecho da Avenida Pedro II, no Centro Histórico da capital, para todo o período em que ocorrerem as comemorações do Natal.
As mudanças começaram a valer no dia 1º e se estenderão até o dia 23 de dezembro, aos sábados e domingos, sempre a partir das 15h.
As áreas que contornam as praças Dom Pedro II e Benedito Leite terão o tráfego de veículos motorizados interditado no período. É recomendado que motoristas utilizem a Rua do Egito para estacionarem os seus veículos.
Cuba
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) - responsável por recrutar os médicos cubanos para o “Mais Médicos” no Brasil - atua como parceira do governo Flávio Dino (PCdoB) para a implantação de um curso de Medicina no Maranhão.
Uma representante da entidade, Mónica Padilla, esteve em Imperatriz, num seminário em que se discutiu a implantação do curso na Uemasul.
Ela é coordenadora da Unidade Técnica de Capacidades Humanas para a Saúde da OPAS/OMS no Brasil.
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DE OLHO
R$ 3 milhões foi o que o Governo do Estado gastou na obra de reforma da Avenida do Parque Vitória.
E MAIS
• Foi tão somente os médicos da rede estadual anunciarem greve no Maranhão, para o Governo investir em publicidade de “melhorias” no setor de saúde, nas redes sociais.
• A Câmara Municipal de São Luís deve retomar as discussões sobre o projeto do “Escola Sem Partido”.
• Pacientes que buscam atendimentos nas UPAs sofrem com a falta de medicamentos e a superlotação nas unidades em São Luís.
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