O número de candidatos ausentes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em todo o estado do Maranhão, chegou a 25,8% no segundo dia de aplicação de provas, que ocorreu no último domingo (11). A quantidade de faltosos no “Enem de exatas” foi 3,9% maior do que no primeiro dia do exame, aplicado no domingo (4), que teve 21,9% de faltosos. Das 216.758 inscrições efetuadas no estado, 160 mil candidatos, em média, se fizeram presentes neste domingo, e cumpriram o cronograma de provas.
Dos candidatos que tiveram o pedido de isenção da taxa de inscrição (R$ 82,00) deferido, não compareceram ao exame e não justificaram a ausência, só poderão realizar a inscrição na edição do Enem de 2019 se, no mesmo prazo em que abrirem as inscrições, fizerem a justificativa, caso contrário, não poderão participar do exame por meio da isenção, tendo, portanto, que desembolsar o valor vigente e cobrado pela inscrição no próximo ano.
O balanço dos gastos, desperdícios com faltantes e outros prejuízos ainda não foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), mas medidas como a justificativa do candidato que se isentou da taxa de inscrição e não esteve presente para a realização da prova, é uma das principais sanções penais ao candidato, uma das mudanças iniciadas desde 2016.
Neste mesmo ano, para conter o desperdício do dinheiro público - onde cabe a obrigatoriedade da justificativa para quem deseja continuar tentando uma vaga sem pagar o valor da taxa - foi realizado um estudo que revelou prejuízos aos cofres de R$ 1 bilhão com participantes isentos faltantes, entre 2013 e 2017. Especula-se que, para o balanço da edição deste ano, os desperdícios com estes candidatos também tenham sido bilionários, haja vista que, em todo o país, 29,2% faltaram ao exame, isto é, dos mais de 5 milhões de candidatos inscritos, somente 3.903.068 realizaram as provas nos dois domingos, 4 e 11.
Contudo, em entrevista realizada logo após a finalização das provas em todo o país, a presidente do Inep, Maria Inês Fini, afirmou que, devido ao menor número de ausentes desde de 2009, o resultado do exame de 2018 reflete positivamente nos cofres públicos, que saturou valores excessivos em edições anteriores. “Esperávamos essa maior presença [de candidatos], afinal, desde 2016 estamos implementando ações para reduzir o número de ausentes e o gasto desnecessário do dinheiro público”.
Um dos maiores e mais exigentes gastos para o MEC durante o período de provas do Enem é, de acordo com o próprio órgão, junto ao Inep - idealizador do exame -, a isenção dos valores das taxas do exame que, pertinente à necessidade de se reduzir tais gastos, implementou o processo de justificativa aos faltantes isentos, que precisam passar por um processo de análise do perfil mais rígido. Em decorrência de tais modificações, dos mais de 2 milhões ausentes no Enem 2017, apenas 84% estavam isentos e apenas 4.345 (0,2%) conseguiram justificar a ausência e garantir a isenção também em 2018.
“Passamos a exigir mais dados dos participantes que solicitavam isenção, depois anunciamos a justificativa de ausência. Em 2018 concretizamos todo esse movimento com a criação de um período específico para solicitação de isenção da taxa de inscrição e para essa justificativa”, explicou a presidente do Inep.
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No dia 18 de janeiro de 2019, quando será divulgado o resultado do Enem 2018, será possível saber a nota dos candidatos que fizeram a prova. O gabarito oficial será divulgado amanhã, 14.
As notas obtidas no Enem poderão ser usadas pelos candidatos em um sistema do governo federal, o Sisu, que é a principal forma de acesso para vagas na rede pública de ensino superior. As notas também são aceitas em 27 instituições de Portugal. Para o Ministério da Educação (MEC), é a segunda maior prova do tipo no mundo, só perdendo para a prova de admissão ao ensino superior da China, com 9 milhões de candidatos.
As notas do Enem também poderão ser utilizadas para concorrer as bolsas (integrais ou parciais) do Prouni, e para o Fies, o financiamento de até 100% das mensalidades em universidades privadas, além de outras oportunidades.
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