Consumo consciente contribui para preservar o meio ambiente
Jornalista e especialista na área ambiental, Dal Marcondes, um dos palestrantes da Semana da Sustentabilidade, que ocorre até domingo (4), defende essa tese como uma forte alternativa
SÃO LUÍS - Em entrevista a O Estado, um dos palestrantes da Semana da Sustentabilidade, promovida pela TV Mirante, Dal Marcondes, destacou que o consumo consciente é uma das principais alternativas para preservar o meio ambiente. O jornalista e especialista na área ambiental ressaltou ainda que a população, também, é responsável pelos impactos gerados pela cadeia produtiva. O evento, com atividades diversas, ocorre até domingo (4), no Shopping da Ilha (Maranhão Novo).
“Quando compramos um produto, devemos entender que existe um ciclo para concretizar esse objeto. Tudo começa com a extração da matéria-prima, em seguida a industrialização, a comercialização e, posteriormente, o descarte. É necessário saber como esse objeto chega a nossa casa, inclusive se tem trabalho escravo ou análogo à escravidão Há necessidade de adquiri-lo? Se, de fato, queremos contribuir com a preservação do Meio Ambiente, o nosso papel não é apenas descartar de forma correta, mas também de ter a consciência do que foi necessário no desenvolvimento daquele produto. Quando descartamos, não é apenas o objeto final, mas também todo um ciclo produtivo, que, na maioria das vezes passa despercebido. O bom mesmo é reciclar, encontrar outra forma de utilidade”, esclareceu Dal Marcondes.
Ele fez uma análise sobre os ecopontos implantados em São Luís. “São equipamentos importantes, no que diz respeito ao descarte regular de resíduos. É bem melhor descartar o que não queremos mais em um ecoponto, do que deixar exposto em vias públicas, o que pode ocasionar problemas a saúde pública e outros transtornos sociais. Quanto mais ecopontos, melhor”, afirmou Marcondes.
O Maranhão é um dos estados do Brasil, onde tem uma grande incidência de queimadas, principalmente em cidades do interior. Problemática que causa impactos não só ao meio ambiente, mas também à saúde.
“Aqui no estado tem bastante agricultura familiar. Esses agricultores têm a cultura de utilizar a queimada para limpeza e preparo do solo antes de plantar. Muitos deles não imaginam o mal que estão fazendo. Eu acredito que o Governo deve sim ter campanhas de conscientização para evitar tal ato, mas a imprensa também tem um papel fundamental no que diz respeito à educação ambiental. Tem que desfazer essa cultura. Todos nós somos alcançados pela agricultura familiar. Está em nossa mesa. Nosso alimento. Então, temos que nos unir e conscientizar esses agricultores que evitem queimadas”, finalizou Dal Marcondes.
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Aspectos sobre o consumo consciente
POR QUE COMPRAR?
A prática do consumo consciente começa com a análise da necessidade do produto ou do serviço que se vai consumir. Por que comprar? Eu realmente preciso comprar ou estou sendo levado pelo impulso do momento? Preciso comprar mais ou já tenho o suciente? Somos bombardeados diariamente com propagandas e promoções, que nos induzem ao consumo. Mas é preciso pensar sobre o que motiva essa compra: uma real necessidade ou um desejo irracional? Antes de fazer a compra, pense se há alternativas a ela, como reaproveitar algo que já tenha em casa, fazer uma troca com alguém, pegar um item emprestado ou reformar.
O QUE COMPRAR?
Pense sobre quais as especificações e funcionalidades que você realmente precisa no produto para atender à sua necessidade, evitando ser atraído por elementos que não serão úteis no uso que você fará do produto. É importante levar em consideração critérios como a qualidade, a durabilidade e a segurança do produto, além do seu preço.
COMO USAR?
O consumo consciente não termina quando você faz o pagamento. Quando você leva o produto para casa, é preciso dar uma vida longa a ele. Para isso, é preciso que ele seja bem cuidado, guardado, manipulado e usado, de forma a não ser danificado. É um grande desafio estender ao máximo a vida útil do que compramos.
COMO DESCARTAR?
Avalie antes de descartar qualquer produto. Caixas e embalagens podem ter outra utilidade, roupas antigas podem ser adaptadas, móveis reformados e eletrodomésticos consertados, além de poderem ser doados ou trocados. Quando realmente o produto tiver sido explorado ao máximo, é preciso fazer um descarte adequado, reduzindo ao máximo os impactos negativos na sociedade e no meio ambiente.
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