Estatística

72 pessoas morreram em acidentes de trânsito na Ilha, 47 na capital

Até setembro, já haviam sido registrados 69,9% do total de mortes ocorridas do ano passado; estado é um dos que mais recebe indenização por morte, com 13,68% no quadro geral, estando em quarto lugar no ranking do Nordeste

IGOR LINHARES / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Acidente com vítima fatal na Av. dos Africanos, em junho deste ano (acidente)

De janeiro a setembro deste ano, 72 pessoas morreram em acidentes de trânsito na Grande São Luís. É o que apontam dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA). Também de acordo com dados disponibilizados pela SSP, em 2017 foram registradas 103 mortes relacionadas ao trânsito na Região Metropolitana de São Luís, sendo 75 somente na Ilha. No contexto atual, 47 dos 72 casos registrados até setembro deste ano ocorreram na capital. Abril foi o mês com o maior número de mortes por acidente de trânsito, 11.

Dados dos últimos nove meses divulgados pela SSP colocam o estado do Maranhão na 4ª posição do ranking dos estados da região Nordeste com o maior número de indenizações por morte no trânsito pagas pela Seguradora Líder, responsável pela gestão do seguro de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), com 1.264 mortes de janeiro a setembro, quase 5,5% maior que no mesmo período de 2017, quando foram registrados 1.199 casos. Isto é, 13,68% do total da região, ocorreram no Maranhão.

Segundo um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, os acidentes de trânsito no trabalho se destacam, vitimando, principalmente, motociclistas. Entre os anos de 2007 e 2016, foram registradas 488 mortes de trabalhadores no trânsito. Dessas, 117 foram de motociclistas. Na Grande São Luís, as vítimas de acidente de trânsito acabam se envolvendo, principalmente, em colisão e atropelamento, e o excesso de velocidade é um ponto importante que pressupõe grande quantidade dessas mortes.

Nível nacional
Considerando todas as cidades do Brasil, não apenas as capitais, foram registradas 37.345 mortes de trânsito em 2016, o último ano com dados disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. O número é 14,8% menor do que o registrado, por exemplo, em 2014, quando ocorreram 43.870 óbitos no trânsito brasileiro. A meta do país, em 2020, é não ultrapassar o número de 19 mil vítimas fatais por ano.

Indenizações pagas no Brasil
Os casos de morte registraram redução de 7% em relação ao mesmo período de 2017 e sua participação foi menor na quantidade de indenizações pagas em relação às demais coberturas. No caso de acidentes fatais, de janeiro a setembro de 2018, foram solicitadas 35.216 indenizações, das quais 28.797 foram pagas, o que resulta em 82% de indenizações pagas do volume de indenizações solicitadas. Já de janeiro a setembro de 2017, para o mesmo tipo de acidente a porcentagem de indenizações pagas foi de 80%.

Vítimas fatais no Nordeste
A redução da quantidade de vítimas fatais foi registrada em três regiões: Centro-Oeste (-13,6%), Sudeste (-31,6%); e Sul (-13,6%), enquanto houve aumento no Norte (+16%) e no Nordeste (+6,3%). Entre 2008 e 2017, o indicador saiu de 3.927 para 3.390 mortes no Centro-Oeste; de 15.189 para 10.378 no Sudeste; de 7.157 para 5.816 no Sul; de 2.718 para 3.159 no Norte e de 9.282 para 9.872 no Nordeste.

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SAIBA MAIS

Principais causas de acidentes

1. Excesso de velocidade: Os condutores acabam acelerando além do limite na via, com a pressa causada pela rotina diária.
2. Esquecer o cinto de segurança: Apesar do uso obrigatório, muitos negligenciam seu uso principalmente nos bancos traseiros.
3. Uma mão no volante: Apesar de parecer inofensivo, ao dirigir com apenas uma das mãos qualquer descuido pode levar à perda do controle do veículo.
4. Mudança repentina de faixa e pouca distância de veículos: Na pressa, motoristas podem mudar de faixa ou fazer manobras muito bruscas sem pensar em quem segue atrás, como também quem está à frente. É importante manter sempre uma distância segura de outros veículos na via. Dirigir sempre com calma, calculando possíveis imprevistos e assim prevenir colisões e acidentes.
5. Excesso de Cargas: Veículo pesado demais? Também não pode! O caminhão tem que estar dentro do especificado, para que seu desempenho não fique abaixo do esperado. Além de ser ilegal, pode também piorar as condições das estradas, principalmente em trechos mais precários.
6. Descumprimento da Lei dos Caminhoneiros: Em abril de 2012, foi instaurada a lei que regulamentou a profissão de motorista e, em 2015, ela foi atualizada. Cumprir as regras que falam de repouso semanal, jornada de trabalho, intervalos obrigatórios, entre outras situações defendidas na legislação, são fundamentais para guiar bem pelas rodovias.
7. Uso do celular: Atender, falar ou digitar ao telefone celular no veículo, mesmo utilizando o viva voz, reduz a concentração do condutor.
8. Consumir bebidas alcoólicas: Além de ser proibido, o consumo de álcool diminui a percepção do perigo, retarda os reflexos, provoca sonolência e coloca em risco a vida do condutor e de outras pessoas no trânsito.
9. Não observar a via: Dirigir sem prestar atenção nas características da estrada, como curvas, número de faixas, tipos de pavimentação e lombadas, pode levar a acidentes.
10. Falta de revisão do veículo: Problemas como pneus gastos, freios em más condições, folga de direção e suspensão empenada podem se tornar muito perigosos em condições encontradas na estrada. É importante sempre manter o veículo revisado.

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