Dois anos depois eleger José Vieira Lins (PP) como prefeito, os eleitores de Bacabal voltam às urnas no domingo para escolher um novo prefeito.
A eleição suplementar para o cargo – e também para o de vice-prefeito - ocorrerá devido à manutenção, pelo TSE, do reconhecimento da inelegibilidade do progressista. Vieira obteve 20.671 votos em 2016 – contra 18.330 do deputado estadual Roberto Costa (MDB) -, mas teve o registro de candidatura indeferido pela juíza Daniela de Jesus Bonfim Ferreira, então titular da 13ª Zona Eleitoral.
O líder político está com os direitos políticos suspensos porque foi condenado por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. A condenação, pelo Tribunal de Justiça do Maranhão antes da eleição de 2016, foi confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2017, o que ocasionou a cassação do, agora, ex-prefeito.
Desde a confirmação da sua cassação – que atingiu também o vice-prefeito, Florêncio Neto (PHS) -, está no cargo de prefeito, interinamente, o presidente da Câmara Municipal, vereador Edvan Brandão (PSC). Ele concorrerá à eleição pela coligação “Bacabal em primeiro lugar”, que tem o apoio do grupo do senador João Alberto, do deputado federal João Marcelo e do deputado estadual Roberto Costa, todos do MDB.
O principal adversário dele é o também vereador César Brito (PPS), da coligação “Bacabal vai vencer de novo”, com o apoio do grupo ligado a Zé Vieira e o reforço do governador Flávio Dino (PCdoB), que esteve na cidade em carreata na reta final de campanha. Além dos dois favoritos, concorrem, ainda, Giselle Veloso (PR), Luizinho Padeiro (PSB) e Professor Maninho (PRB).
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Violência – Denúncias de violência marcaram a campanha eleitoral na cidade. No início da semana, o deputado estadual Roberto Costa (MDB) chegou encaminhar ao Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) ofício solicitando reforço da segurança na cidade. No documento, o parlamentar anexou diversas cópias de notícias dando conta do aumento da criminalidade com a proximidade do pleito e pediu a presença de agentes da Justiça Eleitoral e tropas federais para garantir a tranquilidade dos eleitores.
“Infelizmente, com a proximidade do Pleito Suplementar na cidade de Bacabal, constata-se, corriqueiramente, que a maior cidade da Região do Médio Mearim virou verdadeiro ‘barril de pólvora prestes a explodir’; ameaçando não só a segurança das Eleições de 2018, quanto os Eleitores e Candidatos”, destacou o emedebista.
Costa acrescenta que há denúncias de máfias atuando no município, “levando terror” a eleitores. Ele aponta, ainda, a suposta ação de agiotas.
“Já é de amplo conhecimento no Município a atuação de agiotas e organizações criminosas que, literalmente, ‘peitam’ a Força Policial, a Justiça e o Estado Constitucional – abusando, inclusive, de poderio capaz de desequilibrar a isonomia das eleições”, ressaltou.
O pedido, no entanto, não foi atendido. E a segurança será reforçada por homens da Polícia Militar.
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