Estado Maior

Campanha sem medo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

A eleição para o governo do Estado terminou no primeiro turno, em 7 de outubro. Mas se forem vistos as imagens e os vídeos de campanha em Bacabal, ocorrida na última sexta-feira (19), a impressão é de que o segundo turno está acontecendo no Maranhão. E o motivo para tudo isto? O engajamento do governador reeleito Flávio Dino na eleição suplementar daquela cidade, cujos eleitores voltarão às urnas no próximo domingo para eleger um novo prefeito.

Dino, que foi aliado de Zé Vieira (PP), cassado após ter condenação por improbidade administrativa, agora não mede esforços para ajudar a eleger César Brito (PPS). E o discurso do comunista tem tom de “ameaça velada”, já que avisa a todos os moradores de Bacabal que “governar com amigos é mais fácil”.

Ou seja, ao pé da letra, o governador quer dizer que se o prefeito eleito no próximo domingo (28) não for de seu agrado, Bacabal e sua população terão sérias dificuldades se depender do governo estadual, afinal, só é fácil governar ao lado de amigos.

Para muitos adversários de Dino, esta é mais uma demonstração de abuso de poder político e econômico cometido pelo comunista. Gestos eleitorais, por sinal, bem parecidos com o que ocorreu, em 2016, na disputa eleitoral em Coroatá, quando o programa “Mais Asfalto” foi o tom usado pelo comunista para eleger Luiz da Amovelar Filho.

Pelos atos políticos envolvendo o programa do governo, Flávio Dino e seu braço direito, Márcio Jerry, foram considerados inelegíveis pela juíza Anelise Reginato, de Coroatá.

Mesmo diante da decisão da magistrada, que está em grau de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Flávio Dino não se demonstra preocupado e fala abertamente dos programas do governo estadual para beneficiar seu candidato.

Um ex-juiz que parece não se preocupar em desequilibrar um pleito, o que por lei é proibido.

Disputa em Bacabal

A pesquisa Escutec, que há duas semanas fez o levantamento sobre a eleição para prefeito de Bacabal, mostrou que o prefeito em exercício, Edvan Brandão (PSC) lidera a corrida eleitoral com 50%.

O segundo colocado, César Brito, aparece com 33% seguido por Luisinho Padeiro (5%), Giselle Veloso (3%) e Professor Maninho (1%).

O levantamento, registrado com o número MA-05523/2016, ouviu 400 eleitores e tem margem de erro de 5 pontos percentuais para mais ou para menos e 95% de confiabilidade.

Engajamento

Talvez esta única pesquisa divulgada sobre a disputa no município tem motivado Flávio Dino a não medir esforços para tentar reverter a situação prevista.

Como César Brito é do PPS, partido da senadora eleita Eliziane Gama, Dino quer mais este aliado no comando de prefeitura no Maranhão.

Edvan Brandão é visto como um aliado dos adversários do comunista e devido a isto – na interpretação de Flávio Dino – tudo vale a pena para evitar um inimigo no poder.

Questionamento

O presidente do PSL no Maranhão, vereador Chico Carvalho, emitiu nota a respeito da ação do PT para apurar uso de fake news no processo eleitoral brasileiro.

Segundo Carvalho, o PT e mais quatro partidos não assinaram o termo de compromisso de não usar fake news nas eleições.
“Qual moral tem um partido, que não quis se comprometer em combater fake news, em acusar o candidato Jair Bolsonaro, cujo partido, o PSL, se comprometeu no combate a notícias falsas?”, questionou o vereador.

Apoio

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E falando em Jair Bolsonaro, mais um político maranhense decidiu se posicionar quanto à disputa eleitoral para a Presidência da República. Desta vez, foi Zé Reinaldo Tavares (PSDB).

O deputado federal decidiu se posicionar a favor do candidato do PSL, demonstrando estar mesmo na oposição a Flávio Dino no Maranhão.

Zé Reinado foi candidato a senador este ano, mas não conseguiu um resultado proveitoso ficando em sexta colocação, atrás de Samuel de Itapecuru, que disputou o mandato pelo PSL.

Carreata

Sobre Bolsonaro no Maranhão, os apoiadores do “capitão” comemoram a carreata ocorrida ontem. Foram centenas de carros que percorreram ruas de São Luís.

A carreata saiu da Avenida Litorânea, passou pelo São Francisco, chegando a Beira-mar e seguindo para a área Itaqui-Bacanga.

Os bolsonaristas comemoram principalmente por ser um movimento espontâneo, sem a necessidade de buscar cabos eleitorais para “bombar” o movimento.

DE OLHO

R$ 347 milhões

é o valor já pago por serviços contratados pela Caema, em 2018. No total, a companhia já contratou serviços próximos a R$ 825 milhões este ano.

Entendendo o jogo

O presidente da Famem, prefeito de Tuntum, Cleomar Tema (PSB), decidiu mesmo não abrir espaço para seu adversário, Erlânio Xavier (PDT), que comanda Igarapé do Meio.

O pedetista, que quer a todo custo ficar no comando da Famem, tem usado a mídia para falar de suas propostas para a entidade.

Tema entendeu a jogada – articulada pelo deputado Weverton Rocha (PDT) – e deu início a uma série de publicações mostrando atos seus a frente da federação. É a guerra da comunicação.

E MAIS

• A decisão de fazer a caminhada de Fernando Haddad no bairro Anil, em São Luís, foi a desconfiança de que na Litorânea, por exemplo, o evento poderia não ter a mesma adesão.

• No Anil, o petista reuniu milhares de pessoas para uma caminhada e depois um comício. O governador Flávio Dino se comportou como se fizesse campanha 24 horas para Haddad, o que não é verdade.

• Mesmo com o aparente engajamento de Dino, os petistas maranhenses ouviram de Fernando Haddad a necessidade de cobrar mais dos aliados empenho para manter ou aumentar a votação conseguida no Maranhão.

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