DIREITO DOS ANIMAIS

Passeata em defesa da segurança dos animais é realizada

Ação homenageou a cadela Dukesa, atropelada no dia 14; a mobilização ocorreu na Lagoa da Jansen

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Uma passeata em prol dos direitos e segurança dos animais foi realizada no fim da tarde de ontem (19), na Lagoa da Jansen. O ato homenageou a cadela Dukesa, atropelada há seis dias pela enfermeira Ana Gisele Atan. O caso está sendo investigado pela Delegacia do Meio Ambiente.

Vestidos de branco, munidos de balões e cartazes e acompanhados por seus pets, centenas de tutores e protetores de animais participaram da caminhada planejada pela Organização não governamental Dindas Formiguinhas. A iniciativa se deu após o caso que chocou a população de São Luís, além de personalidades nacionais, mas o objetivo vai além da homenagem, segundo Karina Borjas, idealizadora da passeata.

“A caminhada não é só pela Dukesa, mas por todos os casos de maus tratos, de abandono, que estão esquecidos dentro da delegacia, pela Justiça, como o caso dos seis cães que foram envenenados, dos cães que foram baleados por policiais, que não foi solucionado, o caso do Percival, queimado por uma professora, entre tantos. Queremos justiça por outros que já faleceram e ficaram esquecidos”.

“O caso Dukesa e Pepe nos alertou para um fato maior que é a questão da legislação tão branda em casos de maus tratos. Essa reunião, essa passeata hoje é justamente para isso, eles não falam, mas a gente fala por eles. Há anos não acontece nada, não muda, não tem uma inovação da lei e para um caso como esse, detenção de três meses a um ano é pouco demais. Então hoje a gente está aqui para falar por eles, ara que o poder público passe a olhar para essa causa com mais carinho e que faça alguma coisa de fato”, destacou a vice-presidente da Comissão de defesa e proteção dos animais da Ordem dos Advogados do Brasil/MA, Luciana Lauande.

O movimento mobilizou públicos diversos. Adultos, crianças e idosos, protetores e simpatizantes da causa, voluntários de ONGs e criadores de animais se fizeram presente em busca de alternativas inibam e acabem com crimes contra os animais. Para a administradora e criadora de gatos Joseana Santos, é um dever participar da mobilização.

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“Animais é vida. Eu amo os animais, sou protetora, ajudo sempre que posso colaboro com campanhas e o que aconteceu é um absurdo. Da mesma forma que é meu dever ajudar os animais que precisam, é meu dever estar aqui dando esse apoio”, ressaltou a protetora.

Casos de maus tratos aos animais devem ser denunciados junto à Delegacia do Meio Ambiente, como esclareceu a presidente da Comissão de defesa e proteção dos animais, Camila Maia.

“A pessoa se deparando com casos de maus tratos deve, inicialmente, colher provas. Após isso, ela procura a delegacia especializada que é a Delegacia do Meio Ambiente para abrir o boletim de ocorrência. A partir daí vai se abrir o inquérito para apurar os fatos e enviar ao judiciário. Apesar de ser uma pena branda, de três meses a um ano de detenção e multa, mas, apesar disso, é importante denunciar”, frisou.

Justiça pelos animais

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