Projeto s11D

Vale alcança capacidade de 230 milhões de toneladas

Conclusão das obras de duplicação da Estrada de Ferro Carajás assegura transporte e embarque nesse volume

Ribamar Cunha/Subeditor de Economia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Composição de trem da Vale transportando carga de minério na já duplicada Estrada de Ferro Carajás (vale)

Com a conclusão das obras de duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), que integram um investimento grandioso da Vale, o projeto S11D, envolvendo ainda mina, usina e porto, o Sistema Norte da Companhia habilitou-se à capacidade de transportar e embarcar 230 milhões de toneladas de minério de ferro.
O investimento total no S11D é da ordem de US$ 14,3 bilhões, sendo US$ 6,4 bilhões aplicados na implantação da mina e da usina e
US$ 7,9 bilhões na construção de um ramal ferroviário de 101 quilômetros, na expansão da Estrada de Ferro Carajás (EFC), com obras no Maranhão e Pará, e na ampliação do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira.
Somente na área de logística (ferrovia e porto), o investimento no S11D propiciou a geração de milhares de empregos diretos, sendo 25 mil no pico da obra, em 2016. Sem falar dos indiretos, que, somados, chegam próximo de 100 mil postos de trabalho - 87% da mão de obra foi formada por maranhenses.
Esse que é o maior projeto na área de mineração da história da Vale, teve início em 2013, com a construção do ramal ferroviário no sudeste do Pará, que viabilizou a conexão da nova mina Serra Sul, em Canaã dos Carajás, de 90 milhões de toneladas de capacidade, à Estrada de Ferro Carajás, uma infraestrutura que conta com sistema truckless (conjunto de escavadeira, britadores e correias transportadoras).
Na área do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM), as obras abrangeram ampliações onshore, com a construção do berço norte no Píer IV e instalação de novo carregador de navios; e offshore, com a construção de novos pátios de estocagem de minério, além da implantação de viradores de vagões, empilhadeiras, recuperadoras de minério, entre outros equipamentos.
Ainda na área offshore, o Terminal Ferroviário de Ponta da Madeira ganhou um Posto de Inspeção e Abastecimento de Locomotivas (PIAL), com capacidade para abastecer, inspecionar e realizar pequenas manutenções em até 12 locomotivas simultaneamente e ainda o Centro de Troca de Rodeiros (CTR) e o Centro de Manutenção de Rodeiros (CMR), para manutenção de vagões em grande escala.

Duplicação
Mas ainda faltava finalizar o importante investimento de logística que era a duplicação da Estrada de Ferro Carajás, o que aconteceu em julho deste ano, elevando em 53% a capacidade da ferrovia. “Esse investimento reafirma a importância estratégica do Maranhão para o crescimento da Vale”, ressaltou o gerente executivo da Expansão Logística Norte, Adiano Mansk.
Foram duplicados 575 km dos 892 km da ferrovia, que cortam 27 municípios, sendo quatro no Pará e 23 no Maranhão, e por onde são transportados, além de minério de ferro, milho, soja e combustível.
Em função da duplicação, foram construídos 48 viadutos, dos quais 39 foram nos municípios maranhen­ses. Antes da duplicação, havia apenas 14 viadutos.

Mais

Sobre a Estrada de Ferro Carajás (EFC)

Extensão da EFC: 892 km
Extensão da EFC, incluindo a conexão do ramal ferroviário, recém-construído no sudeste do Pará: 970 km
Trens circulam simultaneamente na ferrovia 24h por dia: 40
Frota total de locomotivas: 276
Vagões: 20 mil
A EFC transportou no 1º semestre de 2018: 93,4 milhões de toneladas
O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira embarcou: 87,8 milhões de toneladas, principalmente minério
Também são transportados pela EFC: 6 milhões de toneladas de milho e soja anualmente
A EFC transporta ainda: 6 milhões de litros de combustível por dia, suficientes para abastecer 150 postos no Maranhão e Pará
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as ferrovias da Vale são as mais seguras do país.

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