O primeiro dia de propaganda eleitoral da campanha de 2018 começou nesta quinta-feira, 16, com um marco delineado: é o início da era digital nas eleições. O aplicativo de troca de mensagens WhatsApp foi literalmente inundado com todo tipo de propaganda política - de banners a vídeos; de flyers a faixas - dando a entender que será esta a ferramenta principal da campanha em todos os níveis.
A Justiça Eleitoral já regulamenta há década a propaganda na televisão e no rádio. De 1998 para cá, passou a tentar controlar também a internet, com regras para as redes sociais, páginas, sites de notícias e de campanha. E nesta eleição, além de combater a disseminação das fake news, tem regras rígidas para redes como Facebook, Youtube e Twitter.
Por isso, o aplicativo WhatsApp passou a ser o canal principal para divulgação de notícias, porque ainda é de difícil controle, embora eventuais abusos tenham as mesmas sanções dos que ocorrem nas outras redes sociais.
E eles continuam a existir no Whats... No primeiro dia de campanha, com a propaganda de seus candidatos, eleitores e cabos eleitorais também disseminaram fake news e propaganda negativa contra os adversários, sobretudo os do governador Flávio Dino. Isso mostra a tendência de que essa ferramenta de troca de mensagens ganhará importância na campanha. Para o bem e para o mal.
Disseminadores
Há pelo menos 20 grupos de troca de mensagens no WhatsApp controlados por jornalistas, blogueiros ou cabos eleitorais ligados ao Palácio dos Leões.
E estas ferramentas foram utilizadas logo no primeiro dia de campanha como canal de disseminação de propaganda negativa dos adversários de Flávio Dino.
O principal alvo foi a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), principal adversária do comunista.
Cadeia neles
A própria empresa que controla o WhatsApp criou um dispositivo para monitorar a disseminação de fake news e propaganda nociva no aplicativo.
A empresa consegue marcar e controlar a quantidade de “encaminhamentos” dessas mensagens, identificando a origem e os principais disseminadores.
Esses dados podem ser levados à Justiça Eleitoral, que pode aplicar a lei, com sanções que dão até cadeia.
Na rede e nas ruas
Os principais candidatos a governador também se utilizaram da propaganda eletrônica no primeiro dia de campanha.
Flávio Dino, Roseana Sarney e o senador Roberto Rocha (PSDB) alternaram as visitas nas bases com divulgação de banners e animações.
Neste primeiro dia, não se viu movimentação eletrônica da candidata Maura Jorge; Ramon Zapatta e Odívio Netto optaram pelas ruas.
Lei do Silêncio
Há duras restrições para o uso de carros de som nesta campanha eleitoral de 2018.
Os veículos só podem circular se estiverem acompanhando carreatas, passeatas ou em comícios dos candidatos.
Carros de som ligados que estiverem circulando sozinhos serão apreendidos e podem acarretar até na cassação do candidato.
Posse
O presidente do TRE-MA, desembargador Ricardo Duailibe, participou da posse da ministra Rosa Weber como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite da terça-feira (14).
A nova presidente substitui o ministro Luiz Fux e assume o cargo até o encerramento de seu segundo biênio como ministra titular, em maio de 2020.
Na mesma ocasião, os ministros Luís Roberto Barroso e Jorge Mussi foram empossados como vice-presidente do TSE e corregedor-geral da Justiça Eleitoral, respectivamente.
Primeiros números
O Ibope e a Escutec já se preparam para monitorar os primeiros passos da campanha propriamente dita no Maranhão.
Mas os primeiros levantamentos só devem começar a ser registrados na Justiça Eleitoral a partir dos primeiros dias de setembro.
Para a direção dos dois institutos, agora com os candidatos já definidos, é bem mais realista monitorar o desejo do eleitor.
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DE OLHO
R$ 150 milhões É quanto o governo Flávio Dino sacou dos aposentados maranhenses, caso denunciado agora ao próprio procurador-geral de Justiça.
E MAIS
• Sites de internet, páginas de redes sociais e aplicativos de troca de mensagens viveram um dia de tema único, ontem, com o início da campanha eleitoral.
• Aliados do presidenciável Jair Bolsonaro querem forçar os institutos de pesquisa a tirar Lula da relação de candidatos, para que possam saber o tamanho de sua força no Maranhão.
• Faltam quatro dias para o início da Sabatina O Estado com os candidatos a governador do Maranhão.
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