Eleições 2018

Joaquim Barbosa anuncia desistência da disputa presidencial de outubro

Filiado ao PSB em 6 de abril passado, ex-ministro do STF disse que tomou a decisão após “várias semanas de reflexão” e classificou a decisão de “estritamente pessoal”

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Joaquim Barbosa desistiu da disputa presidencial. (Joaquim Barbosa)

BRASÍLIA - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa anunciou em sua página no Twitter na manhã desta terça-feira, 8, que não será candidato à Presidência na eleição de 2018. "Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a Presidente da República. Decisão estritamente pessoal", escreveu.

Barbosa se filiou em 6 de abril ao PSB, mas ainda não tinha admitido abertamente que entraria na disputa.

Em levantamento do Instituto Paraná Pesquisas feito em parceria com o Jornal do Brasil, divulgado em 3 de maio, Barbosa aparecia com 9,7% das intenções de voto, atrás do ex-presidente Lula (27,6%), Bolsonaro (19,5%) e "nenhum" candidato (9,6%). No cenário sem o ex-presidente petista, Barbosa registrava 11,0%, atrás de Bolsonaro (20,5%), "nenhum" candidato (17,5%) e Marina Silva (12,0%).

Desde que se filiou ao PSB, o ex-ministro vinha recebendo diversos convites de economistas e escolas. Antes de assinar a ficha, Barbosa conversou com dezenas de interlocutores por cerca de um ano, de acordo com informações do Estado de S. Paulo.

Após deixar o Supremo, ele passou a atuar como advogado focado na elaboração de pareceres jurídicos.

No Supremo, Barbosa foi o relator do mensalão federal, que resultou, em 2012, na condenação e prisão de integrantes da antiga cúpula do PT. Após se aposentar, em 2014, ele se tornou um crítico do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. O ex-ministro tem evitado se manifestar sobre a condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além da marca do mensalão, ele reivindica o papel de principal articulador da aprovação, no Supremo, da proibição das doações eleitorais de empresas.

Doutor e mestre em Direito Público por universidades francesas, antes de sua nomeação para o Supremo, onde ficou por 11 anos, Barbosa foi integrante do Ministério Público Federal de 1984 a 2003, com atuação em Brasília e no Rio. De 1985 a 1988, trabalhou no Executivo ao chefiar a consultoria jurídica do Ministério da Saúde.

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