SÃO LUÍS - A forte chuva que caiu na madrugada da última terça-feira, 9, no Maranhão, causou alagamentos e transtornos para moradores de cidades do interior do estado. Ruas e Avenidas ficaram ilhadas. O Rio Tuntum transbordou e invadiu a cidade de mesmo nome. Moradores tiveram de usar canoa para se locomoverem pelas vias ou se arriscaram andando em meio à água.
O bairros Ana Isabel, Vila Mata, Tuntum de Cima e Residencial Maria Helena estão entre os mais prejudicados com a enchente. Em Joselândia, moradores tiveram as casas invadidas pela água da chuva. Os prédios da Prefeitura e da Câmara Municipal ficaram inundados.
De acordo com quem mora nas proximidades dos imóveis, a água passou da metade da parede. A força da água da chuva arrastou móveis e eletrodomésticos das residências e mercadorias de estabelecimentos comerciais.
Moradores temem que a parede do açude desabe e uma tragédia aconteça na cidade. Foram registradas inundações também nos municípios de Trizidela do Vale, Dom Pedro, Presidente Dutra, São José dos Basílios, entre outras cidades.
De acordo com o Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), caíram, nesse período, 63,8 milímetros de chuva na região, que representa 39% de toda a chuva registrada no mês de abril.
Desmoronamento
O trecho da BR-135 que fica entre a cidade de Dom Pedro e Presidente Dutra desmoronou na manhã de ontem. A rodovia federal ficou interditada. A Polícia Rodoviária Federal informou que, no Maranhão, este ponto da rodovia é o principal caminho para entrar na cidade de Presidente Dutra. Por causa da interdição da pista, motoristas terão de percorrer 84 quilômetros a mais para chegar à cidade.
[e-s001]“O corte da pista ocorreu no trecho próximo de Presidente Dutra. Quem precisa ir para a cidade precisa pegar um desvio que fica dentro da cidade Dom Pedro, passar por Gonçalves dias, Governador Eugênio de Barros e depois pegar a BR-226 para chegar até Presidente Dutra”, explicou o inspetor da PRF, Antonio Noberto.
A empresa responsável pela manutenção desse trecho da BR já está com equipes no local, mobilizando equipamentos e materiais para a execução dos serviços de recuperação da rodovia, para que a pista seja liberada com a máxima agilidade possível.
O local já foi devidamente sinalizado, conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).
Monitoramento
Em nota, o Governo do Maranhão informou, que a Defesa Civil do Estado continua realizando ações de monitoramento e de assistência aos municípios atingidos pelas fortes chuvas das últimas semanas. Entre as cidades mais afetadas está Marajá do Sena, localizada a 394 km da capital.
Após a ocorrência de duas grandes enxurradas, 401 pessoas tiveram que deixar suas casas devido ao comprometimento parcial ou total de suas habitações. Todas as famílias foram conduzidas para abrigos da prefeitura e casas de parentes que moram na região.
Diante dos prejuízos contabilizados pelo município, a Situação de Emergência foi decretada. Diversas ações assistenciais foram organizadas pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDECMA) em conjunto com a prefeitura local. Equipes de bombeiros (aérea e terrestre) da CEPDECMA foram deslocadas para apoiar o município no gerenciamento do desastre.
Foram enviados 160 cestas básicas e 200 galões de 20 litros de água e medicamentos. A equipe da coordenadoria continua no local, auxiliando o município na condução das ações e gerenciamento do desastre.
[e-s001]Durante o período de normalidade, a equipes da Defesa Civil Estadual fazem um trabalho constante de capacitação dos agentes de Defesa Civil municipais. O treinamento consiste, basicamente, na elaboração de um plano de contingência, na articulação entre os órgãos públicos e no gerenciamento de riscos, além das instruções para elaboração de documentos necessários para a comprovação legal das ocorrências de desastres à União.
A Defesa Civil Estadual vem cumprindo uma agenda acerca da situação emergencial em que se encontram alguns municípios do estado, entre eles, Trizidela do Vale e Pedreiras, onde 150 famílias estão desabrigadas, porém são devidamente assistidas pelo poder municipal e Governo do Estado, por meio da CEPEDECMA.
A realização de treinamento e capacitação aos municípios deve-se para a viabilização do atendimento conjunto à população durante esse período crítico. O Governo do Estado também dá continuidade à assistência com a distribuição de medicamentos, cestas básicas e atendimento às famílias pela Força Estadual de Saúde (Fesma).
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