O Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação) iniciou as atividades deste ano recebendo várias denúncias de problemas nas escolas, que podem comprometer o processo de ensino-aprendizagem na volta do ano letivo no Município.
Muitos desses problemas se devem à precariedade na infraestrutura de muitas unidades de educação básica (UEB), que fazem parte da rede municipal de ensino.
O sindicato apontou, como exemplos, escolas que apresentam goteiras; falta de iluminação adequada (os professores precisam comprar lâmpadas para as salas) e a ausência de livros e carteiras (como na UEB Nossa Senhora Aparecida, no Monte Castelo), além de outros problemas, que estariam prejudicando as aulas, o que pode desmotivar tanto professores como alunos.
A presidente do Sindeducação, Elizabeth Castelo Branco, apontou ainda a falta de planejamento de ações da Prefeitura de São Luís, como fator influente nesses problemas. “Nós podemos citar as UEBs Leonel Brizola e Rubem Teixeira Goulart, onde obras de reforma atrapalharam boa parte do ano letivo dos alunos, o que nos faz considerar isso como um erro de planejamento. Poderia ter sido feito nas férias”, pontuou.
Ainda segundo Elisabeth Castelo Branco, no ano passado, cerca de 50% as escolas da rede pública municipal apresentavam problemas de infraestrutura, que por si só seriam motivos para uma greve de professores, pedindo ações da gestão municipal, e que poderiam comprometer as aulas, mesmo que não tenham sido paralisadas em muitos casos.
O Sindeducação acredita que esses problemas possam influenciar, inclusive, nos resultados do processo ensino-aprendizagem. “Muitos acreditam que a escola se faz apenas com o professor, esquecendo-se dos diretores, secretários, prefeitos, etc. Se um desses falhar no seu compromisso com a educação, os resultados sem dúvida serão influenciados”, concluiu Elizabeth Castelo Branco.
Outro lado
O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís para saber se há planejamento para reformas das escolas que apresentam problemas ou manutenção em casos pontuais. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou, em nota, que a UEB Rubem Goulart polo já recebeu intervenções em sua estrutura física; o anexo 1, da mesma escola, já foi reformado; e o anexo 2 está em fase final de reforma.
Quanto à escola Nossa Senhora Aparecida – que era responsabilidade do Estado e foi municipalizada –, receberá reparos em seu telhado, com a troca de todo o madeirame. Os estudantes vão assistir às aulas no anexo da UEB Bernardina Espíndola.
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