A Secretaria Estadual de Transparência e Controle (STC) pediu ao Ministério Público do Estado (MP) que uma investigação seja aberta para apurar possível ato de improbidade por parte do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Edmar Cutrim. Um inquérito civil foi instaurado pela promotora Sidneya Narareth Liberato.
O pedido da STC consta na portaria nº 04/2018 da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Probidade Administrativa a instauração de um inquérito civil contra o conselheiro Edmar Cutrim. O inquérito foi originado de uma notícia de fato, que foi aberto ainda em 2016 na Promotoria da Probidade Administrativa.
No entanto, essa notícia de fato não avançou e os prazos para conclusão das investigações expirou. Diante disso, a promotora decidiu abrir o inquérito para atender ao pedido da secretaria de Flávio Dino (PCdoB).
“Resolve instaurar o presente inquérito com vistas a apurar a existência de ato de improbidade administrativa, promovendo a necessária coleta de informações, depoimentos, certidões, perícias e demais diligências objetivando a instauração da ação civil e/ou penal ou eventual arquivamento do feito”, diz o trecho do despacho da promotora.
Também já foi determinada a comunicação da instauração do inquérito ao conselheiro Edmar Cutrim.
Aliados
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O pedido da STC acabou gerando uma crise na base aliada do governador Flávio Dino. Isso porque Edmar Cutrim é tido como aliado do comunista desde 2014 quando Cutrim decidiu denunciar a então governadora Roseana Sarney (MDB) por invasão a domicílio e escuta clandestina.
A aliança se expandiu com a eleição do filho de Cutrim, Glauberth Cutrim para a Assembleia Legislativa. O parlamentar é da base de apoio do comunista. O ex-prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim, também foi para a base de apoio do governador.
Além disso, o ex-prefeito e o deputado são do PDT, partido comandado pelo deputado federal Weverton Rocha, que já tem o apoio oficial do governador para sua futura candidatura ao Senado neste ano.
Mais
A STC é vista pelos adversários do governador Flávio Dino como uma forma oficial de perseguir os inimigos políticos dos comunistas. Esta consideração já foi abordada na Assembleia Legislativa pelos deputados Andrea Murad (MDB) e Sousa Neto (Pros), principalmente, após perseguição do governo ao ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad. Já para os aliados do governador, a secretaria de Rodrigo Lago serve para intimidar os apoiadores que estejam insatisfeitos com os rumos da aliança com o governo.
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