Sucessão

Othelino assume a presidência da Assembleia e diz que buscará harmonia

Deputado foi efetivado no cargo após morte de Humberto Coutinho; eleição para 4ª vice-presidência ocorrerá em fevereiro

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Membros da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa na posse (Assembleia)

O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) afirmou ontem, ao ser oficializado presidente da Assembleia Legislativa, que vai conduzir o cargo de forma harmoniosa, como vinha fazendo antes da morte do presidente Humberto Coutinho (PDT).

Após a formalização da sua ascensão ao cargo, ocorrida na sala da presidência, o comunista disse que o ato foi discreto por conta da morte de Humberto e do próprio pai do novo presidente, Othelino Filho, há menos de um mês. O Legislativo estadual está, atualmente, de luto oficial.

“Estamos ainda num momento de tristeza e muito pesar, com o falecimento do presidente Humberto, mas esse rito formal tinha que ser feito, mas como ele era sempre preocupado que a Assembleia continuasse seu ritmo e sua rotina, agora vamos dar prosseguimento ao belo trabalho que foi feito por ele. Não só internamente, mantendo a harmonia entre os deputados de diferentes correntes, que são marcas características de um Parlamento, mas trabalhando principalmente para ajudar a melhorar a vida dos maranhenses, porque é à população que devemos a maior satisfação”, garantiu.

Efetivações - O ato marcou também a efetivação de Fábio Macedo no cargo de 1º vice-presidente; Josimar de Maranhãozinho (PP) na 2ª vice e Adriano Sarney (PV) na 3ª vice, por ordem de sucessão natural, deixando em aberta a 4ª vice-presidência. Os três fizeram também referência à memória de Humberto Coutinho e desejaram sucesso ao novo presidente, no ato que marcou a posse de todos, com a presença de deputados, familiares e amigos.

A solenidade marcou também a efetivação de Rafael Leitoa (PDT) como deputado estadual, já que ele era o primeiro suplente da coligação que elegeu Humberto Coutinho, e da posse do primeiro suplente Fernando Furtado (PCdoB), porque o titular Neto Evangelista continua como secretário estadual.

Do mesmo ato que marcou o procedimento administrativo para oficializar a condução do presidente Othelino Neto, participaram o governador em exercício, Carlos Bandão (sem partido), os deputados federais Zé Reinaldo (sem partido) e André Fufuca (PP), o secretário de Estado da Saúde do Estado, Carlos Lula, vários deputados da Casa, além de outras autoridades.

MAIS

Em entrevista coletiva após a posse, Othelino disse que a eleição para o cargo de 4º vice-presidente deve ocorrer logo na primeira semana de fevereiro, assim que os parlamentares retornarem aos trabalhos em plenário.

Furtado reclama de lembrança sobre episódio com índios

O suplente de deputado Fernando Furtado (PCdoB), que reassumiu ontem o mandato na Assembleia Legislativa – em função da morte do deputado Humberto Coutinho – reclamou de sua volta ter sido motivo para a lembrança do caso em que ele insultou indígenas, em 2015.

Naquele ano, acabou vazando um áudio do comunista insultando indígenas da tribo Awá-Guajá, durante sua participação em uma audiência pública na cidade de São João do Caru. Ele se referiu aos integrantes da tribo como “bando de veadinho”, “boiola” e chegou a sugerir que eles morressem de fome “porque não sabe nem trabalhar”.

“Lá em Brasília o Arnaldo [Lacerda, presidente da Aprocaru] viu os índios tudo de camisetinha, tudo arrumadinho, com flechinha, tudo um bando de veadinho. Tinha uns três lá que eram veados que eu tenho certeza, veados. Eu não sabia que tinha índio veado, fui saber naquele dia em Brasília, tudo veado. Então é desse jeito que tá: índio já consegue ser veado, boiola, e não consegue trabalhar e produzir? Negativo!”, disse.

A O Estado, Furtado disse que não tinha que reconhecer que errou ao se pronunciar daquela maneira e criticou a imprensa que, segundo ele, está “requentando” o assunto.

“Não reconheço nada. Isso aí é matéria requentada. Tudo passa. Aí nós não vamos, agora, ficar batendo no mesmo lugar, tá certo?”, disse.

De acordo com o parlamentar, o que houve de “conturbado” na sua primeira passagem pela Assembleia foi “colocado” pela imprensa.

“Não vejo nada da primeira passagem pela Assembleia de conturbado, não vejo. Isso quem coloca é a imprensa. Quanto a questões do passado, tem um ditado que diz que água que já rolou numa ponte não volta mais”, completou.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.