FLORIANÓPOLIS - De acordo com dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FGB), aproximadamente 20% de brasileiros sofrem de prisão de ventre. No mundo, segundo a Associação Americana de Gastroenterologia, a prisão de ventre afeta 27% da população. Deste número de pessoas, cerca de 90% não procuram um médico que os auxiliem a solucionar o problema e acabam recorrendo a automedicação.
Acontece que a prisão de ventre pode estar diretamente ligada a problemas sérios de saúde com o diabetes, disfunções na tireoide, síndrome do intestino irritável, ou até mesmo casos mais graves como câncer de cólon ou tumores na região abdominal.
Conhecido também como constipação, a maioria das pessoas afetadas pelo problema é de mulheres com idade acima dos 50 anos. Isso porque alterações intestinais são comuns após o parto e procedimentos cirúrgicos. Gestantes também podem apresentar quadros de constipação. Além disso, o uso de laxantes de forma indevida, ou até mesmo o uso de medicamentos como analgésicos, antidepressivos, antiácidos, ou outros de consumo cotidiano, também podem provocar o problema.
As causas da prisão de ventre podem estar relacionadas ainda à má ingestão de fibras e água, consumo de grandes quantidades de produtos lácteos, restrição ao impulso de defecar, e até mesmo o sedentarismo.
Precaução e tratamento
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Alimentar-se corretamente é a base da precaução e tratamento das pessoas constipadas, em especial a ingestão de fibras que são essenciais para o movimento intestinal adequado. As fibras estão em alimentos como: verduras (cruas ou cozidas), legumes, frutas (especialmente as que comemos com casca, como peras e maçãs) e cereais integrais. Pra quem já se alimenta adequadamente, o aumento da ingestão de fibras não gera maior beneficio e pode gerar, inclusive, desconforto abdominal e excesso de gases.
O consumo de água também é essencial para pessoas constipadas sendo recomendado cerca de 2 a 2,5 L de água por dia. Praticar atividades físicas regularmente, não inibir o processo evacuatório indo ao banheiro quando houver vontade também fazem parte do processo de precaução e tratamento para constipação.
Cuidado com os laxantes
No geral, a maioria das pessoas necessita de medicamentos laxativos. O tipo, a dosagem e a frequência do uso devem ser analisados caso-a-caso, de acordo com os sintomas e os hábitos de vida de cada indivíduo.
É preciso que haja um cuidado com o consumo excessivo de laxantes, em especial no que diz respeito à automedicação, porque o que ao invés da solução do problema, pode haver mais complicações. O uso prolongado pode danificar a sensibilidade da parede do intestino, agravando ainda mais o quadro constipatório, ou gerando outros danos à saúde como o desequilíbrio da concentração de alguns minerais, como o sódio e o potássio, ou, eventualmente, a desidratação.
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